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Polêmica: Forças Armadas contratam 12 MIL militares aposentados com salários de até R$ 47 mil por mês e custo anual de R$ 800 milhões

As Forças Armadas brasileiras têm recorrido amplamente à contratação de militares inativos para funções administrativas e de assessoria. Segundo um levantamento realizado pela Folha de São Paulo, 12.681 militares aposentados estão atualmente desempenhando essas tarefas, recebendo um aumento de 30% em seus salários.

Essa prática gera um gasto anual estimado em R$ 800 milhões, evidenciando a relevância do modelo para a gestão de pessoal militar no Brasil.

Modelo inspirado nos Estados Unidos

Criado na década de 1990 e consolidado nos anos 2000, o sistema de Prestação de Tarefa por Tempo Certo (PTTC) permite que militares da reserva sejam reintegrados às Forças Armadas em contratos temporários de até dois anos, renováveis por até dez anos.

Inspirado no modelo norte-americano, ele se tornou uma solução estratégica para suprir lacunas de pessoal e aproveitar a experiência acumulada por esses profissionais ao longo de suas carreiras.

Os inativos desempenham funções em áreas como ensino, saúde e assessoramento. Esses contratos não exigem processos seletivos formais, sendo realizados com alta discricionariedade pelas cúpulas militares. A ausência de critérios claros para as contratações, no entanto, tem levantado questionamentos sobre a transparência do processo.

Perfil das contratações

Dos 169.793 militares da reserva ou reformados, 7% foram contratados como PTTCs. O foco das contratações está em capitães e coronéis, enquanto sargentos e praças aparecem em menor número. Entre as Forças Armadas, o Exército lidera com 6.190 contratados, seguido pela Marinha, com 3.598, e pela Força Aérea, com 2.893.

As funções desempenhadas pelos inativos não se limitam às próprias Forças Armadas, estendendo-se ao Ministério da Defesa, ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e ao Superior Tribunal Militar (STM). Contudo, os locais exatos de atuação dos contratados não foram revelados.

As Forças Armadas argumentam que a divulgação dessas informações poderia comprometer a segurança nacional, justificativa acatada pela Controladoria Geral da União (CGU).

Benefícios e controvérsias salariais

Os militares contratados recebem, além de suas aposentadorias integrais, um adicional de 30% em seus salários. Em média, essa remuneração chega a R$ 22.694, podendo atingir valores de até R$ 47 mil no caso de oficiais-generais. Contudo, o Portal da Transparência não exibe os salários com o adicional, dificultando o monitoramento público dos gastos.

Embora as Forças Armadas defendam o modelo como uma medida de gestão eficiente e econômica em comparação à contratação de militares da ativa, a falta de clareza sobre os critérios de seleção e a ausência de processos públicos tornam o sistema alvo de críticas. “A prestação de Tarefa por Tempo Certo contribui para assegurar a presença de profissionais experientes nas Forças Armadas”, declarou a Marinha, em nota oficial.

Casos de Destaque

Entre os militares contratados, há figuras de destaque como o general Otávio Rêgo Barros, ex-porta-voz do governo Bolsonaro, que ocupa o cargo de gerente-pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos do Exército desde abril de 2023. Já a Marinha contratou o almirante Carlos Alfredo Vicente Leitão para a Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos, onde atua na gestão das relações com veteranos.

Leitão, contudo, esteve envolvido em polêmicas recentes. Em 2022, ele foi um dos signatários de uma carta golpista que pedia aos comandantes militares medidas contra o resultado das eleições presidenciais. Apesar disso, ele permanece em sua função, o que levanta questões sobre a influência política nas contratações.

Reforma militar em debate

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva planeja implementar reformas para reduzir os gastos com pessoal nas Forças Armadas. Entre as propostas, estão a definição de uma idade mínima de aposentadoria de 55 anos e o fim do pagamento de pensões para familiares de militares expulsos, conhecidos como “mortos fictícios”, que representam um custo de R$ 20 milhões por mês para o Exército.

No entanto, as contratações de PTTCs, que já representam uma significativa parcela do orçamento militar, ainda não foram incluídas nas discussões. A análise sobre a necessidade dessas contratações segue critérios internos, muitas vezes difíceis de comprovar.

A falta de divulgação de dados detalhados e a ausência de processos seletivos públicos deixam margens para dúvidas sobre a real necessidade e eficiência do modelo PTTC. Além disso, a alta concentração de contratações entre oficiais superiores alimenta críticas sobre possíveis privilégios dentro da estrutura das Forças Armadas.

Enquanto o debate sobre os benefícios e custos do sistema continua, o modelo segue em prática como uma solução temporária para os desafios de gestão de pessoal das Forças Armadas. Resta saber se as reformas propostas pelo governo Lula serão capazes de trazer mais transparência e equilíbrio para o setor militar.

drone

Controle de drone com o deslizar de um dedo? Equipe chinesa mostra como é feito

Imagine controlar um drone apenas com o deslizar dos dedos em um dispositivo do tamanho de um curativo. Parece coisa de ficção científica? Pois bem, pesquisadores chineses acabam de lançar uma inovação que torna isso realidade, criando uma interface simples e eficiente que permite ao usuário comandar drones com movimentos de toque. Essa tecnologia representa um avanço significativo no desenvolvimento de interfaces de controle remoto mais compactas e inteligentes, e já é considerada uma inovação que pode transformar diversas áreas.

O conceito é relativamente simples: com um toque suave em um painel de controle, que se assemelha a um pequeno curativo, o usuário pode direcionar um drone de forma ágil e precisa. Os comandos são interpretados por um avançado sistema de touchpad, que reconhece padrões de deslize e transmite as instruções para uma plataforma de controle de drones via Bluetooth. Essa plataforma então envia as informações para o drone, permitindo uma interação sem complicações e em tempo real.

Esse tipo de controle abre portas para diversas aplicações. Imagine um fotógrafo profissional capturando imagens aéreas apenas com alguns toques em um pequeno painel em seu pulso, sem precisar manusear controles complexos. Ou ainda, equipes de resgate em áreas de difícil acesso, que poderiam coordenar drones em operações de busca e salvamento com muito mais facilidade e rapidez, usando apenas o movimento dos dedos.

Segundo Tian Ye, professor associado da Universidade Northeastern da China, o dispositivo representa um grande passo para a próxima geração de plataformas de interação remota. Em uma entrevista recente, ele destacou que o crescente interesse por interfaces humano-máquina mais compactas e multifuncionais impulsionou o desenvolvimento desse touchpad de alta performance. A inovação foi publicada no jornal Nano Energy, consolidando-se como uma das pesquisas mais promissoras da área.

A construção do touchpad é igualmente impressionante. A base é feita de Ecoflex, um tipo de borracha macia, que proporciona conforto e aderência para uso prolongado. Camadas intermediárias compostas por eletrodos de metal líquido e nove matrizes de hidrogel captam os sinais de toque. A camada superior, feita com micro-superfícies de lixa, aumenta a sensibilidade, permitindo que o dispositivo se estenda até 400% de seu tamanho original sem comprometer o desempenho.

Essa tecnologia não só exemplifica o potencial de interfaces simplificadas, mas também destaca o poder da engenharia de materiais no desenvolvimento de dispositivos mais intuitivos. Em breve, a ideia de controlar um drone com movimentos simples dos dedos pode não ser apenas uma novidade, mas uma realidade acessível e revolucionária.

Álcool ou Gasolina? Descubra qual é mais vantajoso para o seu veículo e o seu bolso!

A decisão entre abastecer o carro com álcool ou gasolina é uma dúvida comum para muitos motoristas. Com o aumento constante dos preços, fazer uma escolha consciente é crucial para economizar e manter o veículo em bom funcionamento.

Mas como saber qual combustível compensa mais? Neste post, exploremos as principais diferenças entre álcool e gasolina, suas vantagens e vantagens, e como você pode decidir o melhor para o seu veículo.

Álcool ou gasolina: composição e produção

Primeiramente, é importante entender o que compõe cada um desses combustíveis. A gasolina é um combustível derivado do petróleo, sendo composta por hidrocarbonetos que passam por processos de refino. No Brasil, a gasolina comercializada é do tipo C, ou seja, possui uma mistura com etanol anidro, o que ajuda a reduzir a emissão de emissões e torna o produto um pouco mais barato.

Já o etanol é produzido a partir de fontes vegetais, como cana-de-açúcar, milho ou até beterraba. O processo envolve a contribuição dessas matérias-primas, e o resultado é uma fonte renovável e menos poluente, que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil.

Propriedades de cada combustível

A gasolina é conhecida por seu alto desempenho em motores de combustão interna, proporcionando uma tração rápida e maior eficiência energética. Isso significa que um litro de gasolina tende a render mais quilômetros do que um litro de etanol, o que pode ser vantajoso em longas viagens ou para motoristas que percorrem grandes distâncias.

Por outro lado, o etanol tem uma eficiência energética menor, ou seja, o consumo tende a ser maior em comparação à gasolina. Contudo, ele possui algumas vantagens: é um combustível mais sustentável, já que é renovável e emite menos poluentes ao ser queimado. Além disso, possui propriedades de limpeza, o que ajuda a manter o motor livre de depósitos de carbono, aumentando sua vida útil.

Preço do álcol ou: uma questão relevante

O preço é um fator decisivo. Geralmente, o etanol é mais barato que a gasolina, especialmente em regiões onde há uma produção significativa de cana-de-açúcar, como o Brasil. Mas, como referência, a eficiência do etanol é menor, o que significa que pode ser necessário abastecer com maior frequência.

Um cálculo simples pode ajudar a decidir: quando o preço do litro do etanol é inferior a 70% do preço do litro da gasolina, ele tende a ser mais vantajoso. Esse índice de 70% é amplamente utilizado como referência, pois representa a relação média de rendimento entre os dois combustíveis.

Como calcular o custo por quilômetro rodado

Calcular o custo por milha rodado é uma forma prática de visualizar o impacto financeiro de cada combustível. A fórmula básica é:

Custo por quilometragem rodado = (Custo do combustível por litro / Consumo médio por milha)

Por exemplo, se a gasolina custa R$ 5,00 por litro e o seu veículo faz, em média, 12 km/l, o custo por milha rodado será:

Custo por milhas rodadas = 5,00 / 12 ≈ R$ 0,42/km

Da mesma forma, calcule para o etanol e compare os resultados para ver qual combustível será mais econômico.

Desempenho do veículo e consumo

O desempenho do veículo também deve ser considerado. Alguns motores são projetados para funcionar melhor com um tipo de combustível específico. Carros flex, por exemplo, podem ser abastecidos com ambos os combustíveis, mas a escolha entre um e outro pode afetar a potência e o consumo. Um carro abastecido com etanol geralmente oferece uma potência aumentada, mas consome mais combustível em relação à gasolina.

Por isso, é sempre uma boa ideia verificar o manual do seu veículo ou consultar um mecânico para saber qual combustível é mais recomendado para o motor. Essa é uma forma de garantir que você esteja tirando o melhor desempenho possível do carro.

Disponibilidade de postos

Embora a maioria dos postos no Brasil ofereça tanto etanol quanto gasolina, há algumas áreas onde o etanol pode ser mais difícil de encontrar. Em viagens para locais mais deficientes ou regiões com baixa produção de etanol, o motorista pode ter dificuldades em abastecer com esse combustível. A gasolina, por outro lado, tende a ser mais amplamente disponível, o que se torna uma opção mais prática em alguns casos.

Dúvidas frequentes

Quando é melhor optar pelo álcool? Em geral, o etanol é mais vantajoso quando o preço do litro é inferior a 70% do preço da gasolina. Além disso, para veículos que têm um consumo mais elevado, o etanol pode ser uma opção interessante devido ao seu preço mais acessível.

E quando escolher a gasolina? Se o preço do etanol estiver acima de 70% do valor da gasolina, a gasolina pode ser mais vantajosa financeiramente. Além disso, a gasolina oferece uma maior eficiência energética, então pode ser a melhor escolha para quem percorre longas distâncias.

Qual combustível é melhor para o motor? Ambos podem ser bons para o motor, desde que de boa procedência. O etanol é mais limpo, mas a gasolina aditivada pode trazer benefícios extras ao motor por conter menos impurezas.

Dicas práticas para escolher o melhor combustível

  1. Acompanhe os preços – Muitas vezes, o preço do etanol e da gasolina varia de uma região para outra. Antes de abastecer, consulte os preços em sua cidade e calcule se o álcool está abaixo de 70% do valor da gasolina.
  2. Considere o consumo do seu veículo – Se você tem um carro flex, experimente abastecer com ambos os combustíveis e compare o rendimento de cada um. Assim, você pode fazer uma escolha com base em dados reais sobre o consumo do seu próprio carro.
  3. Evite combustível de procedimento duvidoso – Independentemente de escolher álcool ou gasolina, é essencial garantir que o combustível seja de boa qualidade. Abastecer em postos específicos evita problemas no motor e garante um melhor desempenho do veículo.
  4. Considere o impacto ambiental – Se você está buscando uma opção mais sustentável, o etanol é uma alternativa mais ecológica, pois é renovável e emite menos poluentes.

A escolha entre álcool e gasolina não é tão simples e depende de vários fatores. No final das contas, o que realmente importa é o que faz mais sentido para o seu veículo, o seu bolso e até o ambiente. Por isso, não deixe de fazer o cálculo de custo por milha e de considerar o consumo do seu veículo para decidir.

Independentemente de sua escolha, lembre-se de que o mais importante é abastecer em posições seguras, realizar manutenções regulares e escolher um combustível de qualidade.

Tradução sem humanos? conheça o Widn.AI, a revolução da Unbabel que promete transformar o futuro da linguagem

A Unbabel, uma startup portuguesa, deu um passo audacioso ao lançar seu novo serviço de tradução por inteligência artificial, o Widn.AI. Apresentado no Web Summit em Lisboa, este novo produto traz à tona um modelo de IA avançado que, segundo o CEO da empresa, Vasco Pedro, pode eliminar a necessidade de tradutores humanos nos próximos três anos. Essa afirmação audaciosa coloca a Unbabel no centro das discussões sobre o futuro da tradução.

O passado e o presente da tradução com IA

Quando a Unbabel foi fundada há uma década, a IA ainda estava nas fases iniciais e não possuía a robustez que tem hoje. Por isso, a empresa investiu em uma abordagem híbrida, onde as traduções foram realizadas pela IA, mas sempre revisadas por editores humanos. Agora, com a criação do modelo de linguagem grande (LLM) proprietário da empresa, chamado Tower, a história é outra. O Widn.AI, alimentado por esse modelo, oferece suporte em 32 idiomas, permitindo traduções automatizadas com precisão aprimoradas.

IA: substituição ou complemento aos tradutores?

A ideia de uma tradução totalmente feita por IA pode gerar certa resistência. Os tradutores humanos possuem nuances e uma compreensão cultural que muitas vezes parece insubstituível. No entanto, Pedro acredita que a tecnologia já é suficientemente avançada para lidar com grande parte das traduções, restando aos humanos apenas casos específicos de maior complexidade. Em suas palavras: “exceto pelos casos mais difíceis, a IA está realmente chegando lá, e é difícil para mim ver agora como, daqui a três anos, você precisa de humanos para traduzir qualquer coisa”.

Mudanças no mercado de tradução

Essa nova fase também traz mudanças para o mercado. A automação da tradução reduzirá os ganhos por palavra traduzida, mas, ao mesmo tempo, haverá um aumento na demanda de conteúdos traduzidos, possibilitando novos nichos de crescimento para a Unbabel. Assim como o Google Translate e o DeepL, a Unbabel aposta que os LLMs poderão ser a base para uma tradução rápida e eficiente em escala global.

Perspectivas para o futuro

Outro ponto de destaque é o financiamento. Com o lançamento do Widn.AI, a Unbabel está buscando entre US$ 20 e US$ 50 milhões para acelerar seu crescimento e aperfeiçoar a nova ferramenta. Isso indica a confiança da empresa no potencial desse modelo de tradução e no impacto que ele pode trazer para empresas globais e usuários que precisam de traduções rápidas, precisas e sem custos altos.

Por fim, essa transformação na tradução por IA abre questionamentos para o futuro do trabalho humano na área. Será que os tradutores realmente perderão espaço ou ainda serão essenciais em contextos específicos?

Empresas farmacêuticas chinesas expandem-se para África ao abrigo da “Rota da Seda da Saúde”

A gigante farmacêutica chinesa Shanghai Fosun Pharmaceutical está prestes a concluir a primeira fase de sua planta de manufatura próxima a Abidjan, a maior cidade da Costa do Marfim. Essa fábrica, voltada para a produção de medicamentos antimaláricos e antibióticos, representa um avanço significativo para o setor de saúde africano. O projeto, que conta com um financiamento de €50 milhões (aproximadamente US$54,7 milhões) da International Finance Corporation, visa produzir 5 bilhões de comprimidos anualmente quando suas três fases forem finalizadas.

O impacto na Costa do Marfim

Além de atender à enorme demanda por medicamentos na região, a planta da Fosun trará cerca de 1.000 oportunidades de emprego para a área de Grand-Bassam, a leste de Abidjan. Essa movimentação faz parte de uma estratégia mais ampla de empresas chinesas, que estão investindo em plantas de manufatura fora da China, especialmente no continente africano, como parte da chamada “rota da seda da saúde”. Esse conceito está vinculado à Iniciativa do Cinturão e Rota (Belt and Road Initiative), promovida pelo governo chinês, que busca expandir suas parcerias em infraestrutura e comércio com diversos países, incluindo aqueles da África.

Durante a cúpula do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), realizada recentemente, o presidente Xi Jinping se comprometeu a apoiar a produção de medicamentos e a indústria de equipamentos médicos no continente africano, promovendo a co-investimento entre empresas chinesas e africanas.

A luta contra a malária na África

O projeto da Fosun é especialmente importante em um contexto onde a malária ainda é um dos maiores desafios de saúde pública da África Subsaariana. Segundo a Organização Mundial da Saúde, essa região responde por mais de 95% dos casos e mortes globais por malária. A Fosun é uma grande produtora de medicamentos à base de artemisinina, uma substância descoberta em 1972 pela cientista chinesa Tu Youyou, que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 2015 por seu trabalho com tratamentos eficazes contra a malária.

Para o professor Ernest Tambo, especialista em saúde global da Universidade de Global Health Equity, em Ruanda, a produção desses medicamentos na África pode salvar inúmeras vidas, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas. Ele também destaca que essa produção local ajudará a combater a crescente resistência aos medicamentos antimaláricos.

Além do investimento na Costa do Marfim, outras iniciativas importantes estão sendo desenvolvidas na África. Recentemente, a Zâmbia assinou um acordo com a China para construir a primeira fábrica de vacinas contra a cólera no continente, com um investimento de aproximadamente US$37 milhões. A planta deverá produzir mais de 3 milhões de doses de vacinas na primeira fase, não só para a Zâmbia, mas também para toda a região africana.

No mesmo sentido, a Nigéria está recebendo um investimento de US$100 milhões para a construção de uma fábrica farmacêutica no estado de Lagos. Essa iniciativa, em parceria com empresas chinesas, visa aumentar a autossuficiência do país na produção de medicamentos antirretrovirais, fundamentais para o tratamento de HIV, uma condição que afeta cerca de 2 milhões de pessoas na Nigéria.

O aumento do interesse chinês no setor farmacêutico africano reflete não apenas a crescente demanda por medicamentos no continente, mas também uma estratégia econômica. Segundo Zhou Taidong, vice-presidente do China Centre for International Knowledge on Development, essa expansão está alinhada à necessidade de maior autonomia dos países africanos em termos de produção de medicamentos, especialmente após a pandemia de Covid-19.

Para os especialistas, como o professor Lauren Johnston, da Universidade de Sydney, essa parceria entre a China e a África é uma oportunidade tanto para melhorar os resultados de saúde no continente quanto para expandir o mercado da indústria de saúde chinesa. O desenvolvimento de cadeias de suprimento farmacêutico locais é visto como um passo crucial para reduzir a dependência de importações de medicamentos e tornar os tratamentos mais acessíveis.

A expansão da indústria farmacêutica chinesa na África, exemplificada pela planta da Fosun na Costa do Marfim, representa um marco importante na cooperação entre China e África. A produção local de medicamentos pode não apenas salvar vidas, mas também ajudar o continente a construir uma infraestrutura de saúde mais robusta e autossuficiente. À medida que mais investimentos são direcionados para o setor de saúde africano, espera-se que essa parceria fortaleça tanto as economias locais quanto o sistema de saúde global.

China quer derrubar a indústria militar e de alta tecnologia dos EUA em 10 anos

Nos próximos dez anos, a China ultrapassará os Estados Unidos em setores estratégicos, como manufatura de alta tecnologia e equipamentos militares avançados, de acordo com o estrategista chinês Lu Yongxiang, ex-vice-presidente do Congresso Nacional do Povo.

Em um artigo publicado na Chinese Journal of Mechanical Engineering no dia 9 de setembro, Lu afirmou que o declínio da indústria de manufatura dos EUA e sua perda de competitividade global são uma tendência irreversível. “O declínio da indústria de manufatura nos EUA e a perda de competitividade no mercado global tornaram-se uma tendência irreversível”, disse ele.

A visão de um estrategista influente

Lu Yongxiang, ex-presidente da Academia Chinesa de Ciências, é um dos principais especialistas que ajudaram a moldar as estratégias de desenvolvimento de longo prazo da China. Com uma carreira notável como engenheiro mecânico, ele se destacou por sua capacidade de antecipar as tendências globais. Sua análise detalha o caminho que a China está trilhando para superar a liderança americana.

Além disso, ele também atuou como diretor do conselho consultivo de especialistas do programa “Made in China 2025”, um projeto ambicioso liderado pelo Conselho de Estado da China. Esse programa visa consolidar a China como uma superpotência em tecnologia e inovação, e Lu acredita que isso será fundamental para a transformação do país nos próximos anos.

A queda dos EUA e o avanço chinês

Embora os EUA ainda mantenham uma posição de destaque na produção de tecnologia de ponta e equipamentos militares, Lu destaca que essa vantagem está diminuindo rapidamente. Segundo ele, a evolução da China é inevitável, impulsionada por fortes investimentos em ciência, tecnologia e infraestrutura.

Lu prevê que, até 2035, os produtos com o selo “Made in China” não apenas dominarão o mercado global, mas também colocarão a China como a principal nação em manufatura de alta tecnologia. A rapidez com que o país está avançando em inovação, pesquisa e desenvolvimento aponta para uma liderança global em menos de duas décadas.

Implicações globais

A previsão de Lu Yongxiang traz implicações significativas para a geopolítica global e a competição tecnológica entre as grandes potências. Se a China realmente ultrapassar os Estados Unidos na fabricação de equipamentos militares e alta tecnologia, o equilíbrio de poder no cenário internacional poderá sofrer grandes mudanças.

O desafio para os EUA será responder a essa ascensão chinesa, reforçando suas capacidades industriais e tecnológicas para tentar manter sua liderança. Ao mesmo tempo, a China continua a investir em setores estratégicos que moldarão o futuro da economia global e da segurança internacional.

China revela traje espacial para pouso na Lua pela primeira vez

A Agência Espacial Tripulada da China (CMSA) apresentou pela primeira vez ao público o design exterior de seu traje espacial para missões lunares, revelado durante o terceiro Fórum de Tecnologia de Trajes Espaciais em Chongqing, no sudoeste da China.

O traje, predominantemente branco, traz detalhes em vermelho que adornam seus membros. Essas listras, que representam simbolismos importantes na cultura chinesa, são inspiradas nas elegantes “apsaras voadoras” da arte de Dunhuang nos braços, e nas chamas de foguetes em seus membros inferiores.

Durante o evento, a CMSA convidou o público a sugerir nomes para o traje, em um esforço para envolver a população em sua jornada de exploração lunar.

China segue passos dos EUA e pode desencadear grande alta do Bitcoin

China, segunda maior economia do mundo, anunciou nesta segunda-feira (23) que está tomando diversas medidas para estimular sua economia. O destaque fica para um corte de 0,5% na Taxa de Reserva Obrigatória (RRR) que poderá introduzir 1 trilhão de yuans no mercado, bem como outros estímulos ao setor imobiliário.

Em palavras mais simples, isso significa que haverá mais dinheiro circulando na economia, que deverá fluir investimentos em ações, metais e até mesmo criptomoedas, mesmo banidas no país.

O anúncio já teve impacto no mercado acionário. O CSI 300, índice que reúne as 300 maiores empresas da China, opera em alta de 4,33%.

Cientistas de Hong Kong criam robô que dobra barras e pode facilitar a vida dos trabalhadores da construção civil

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