A EUA aprovou US$ 866 milhões em vendas militares para Taiwan, gerando protestos da China e aumentando a tensão no estreito de Taiwan

O governo chinês manifestou-se neste domingo (22) um forte protesto contra os recentes anúncios dos Estados Unidos sobre vendas militares e assistência a Taiwan, alertando que os EUA estão “brincando com fogo”.

A crise no Estreito de Taiwan ganhou mais um capítulo após o presidente Joe Biden autorizar no sábado (21) o envio de até US$ 571 milhões em material militar, serviços de defesa e treinamento para a ilha.

Além disso, o Departamento de Defesa americano anunciou, na sexta-feira (20), uma aprovação de US$ 295 milhões em vendas militares.

A China reagiu facilmente. Por meio de uma declaração do Ministério das Relações Exteriores, Pequim pediu aos Estados Unidos que cessassem suas ações em Taiwan, qualificando-as como “perigosas” e patrocinadoras da paz e estabilidade na região.

A questão do estreito de Taiwan, que separa a ilha da China continental, permanece como um dos pontos mais críticos nas relações entre os dois países.

O objetivo da assistência americana, segundo autoridades de Washington, é garantir que Taiwan tenha os meios para se defender e dissuadir qualquer tentativa de ataque por parte da China.

As vendas incluem cerca de US$ 265 milhões para a aquisição de 300 sistemas de rádio tático e US$ 30 milhões para 16 suportes de armas, peças essenciais para a manutenção da segurança da ilha.

Em resposta, Taiwan expressou seu apoio às iniciativas dos EUA. Através de uma postagem nas redes sociais no X, o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan destacou que as vendas demonstram o “compromisso do governo dos EUA com a nossa defesa”.

O debate político entre as duas potências continua, refletindo o crescente atrito no cenário internacional.