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Taiwan e EUA reforçam parceria em meio a ameaças e sanções da China

Taiwan e EUA reforçam parceria em meio a ameaças e sanções da China

Taiwan e EUA fortalecem laços em meio a pressão da China

O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, conversou por telefone com o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Mike Johnson, durante uma visita ao Pacífico. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (5) pelo gabinete presidencial taiwanês, gerando reações imediatas de Pequim.

A China, que considera Taiwan parte do seu território, classificou a questão como uma “linha vermelha” nos laços entre Pequim e Washington. O governo chinês condenou a escalada de Lai no Havaí e em Guam, territórios dos EUA, como parte de sua viagem.

Karen Kuo, porta-voz do gabinete presidencial, confirmou o telefonema, mas manteve os detalhes da conversa em sigilo. O gabinete de Mike Johnson, por sua vez, não respondeu aos pedidos de comentários.

Fontes próximas ao assunto afirmaram que a ligação ocorreu na quarta-feira (3). Segundo uma dessas fontes, o diálogo não deveria ser um pretexto para Pequim intensificar ações militares contra Taiwan. No entanto, a tensão permanece alta.

China reafirma posição e ameaça medidas

Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, reiterou a posição de Pequim. Ele destacou que Taiwan representa o núcleo dos interesses estratégicos chineses. “A questão de Taiwan é a primeira linha vermelha nas relações sino-americanas”, enfatizou Lin em uma coletiva de imprensa.

Lin também pediu que os Estados Unidos parem de “enviar sinais errados” às forças separatistas de Taiwan. Pequim, segundo ele, tomará medidas “energéticas” para proteger sua soberania nacional e integridade territorial.

Exercícios militares e sanções econômicas

Fontes informaram à Reuters que a China pode realizar novos exercícios militares em resposta à viagem de Lai. Pequim tem usado projeções de força para sinalizar sua insatisfação com a cooperação crescente entre Taiwan e os EUA.

Além disso, a China anunciou avaliações contra 13 empresas militares americanas e seus executivos. As medidas são uma resposta à venda de armas para Taiwan, que, segundo Pequim, ameaça a sua integridade territorial.

Entre as empresas sancionadas estão a Teledyne Brown Engineering Inc, a BRINC Drones Inc e a Shield AI Inc. O Ministério das Relações Exteriores chinês afirmou que essas ações visam proteger os interesses nacionais do país.

Contexto geopolítico

O episódio reflete os crescentes crescentes na região do Indo-Pacífico, onde a disputa por influência entre Estados Unidos e China tem se intensificado. Taiwan, por sua localização estratégica e importância econômica, continua no centro deste confronto.

Enquanto isso, Washington reafirma seu apoio a Taiwan, ampliando a venda de armamentos e fortalecendo laços diplomáticos, mesmo diante das crescentes ameaças chinesas. O cenário permanece tenso, com ambas as potências testando os limites de suas estratégias na região.