Crise no Báltico: Suécia cobra explicações da China sobre danos misteriosos em cabos submarinos
Crise no Báltico: Suécia cobra explicações da China sobre danos misteriosos em cabos submarinos
Suécia solicita esclarecimentos à China sobre danos em cabos submarinos no Mar Báltico
A Suécia solicita formalmente à China que declara o recente rompimento de dois cabos de fibra ótica no fundo do Mar Báltico. A área afetada coincidiu com a presença de um navio de bandeira chinesa, o graneleiro Yi Peng 3.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, destacou a gravidade do incidente. “É extremamente importante descobrir exatamente o que aconteceu”, afirmou. Ele reforçou que a Suécia pediu à China que colaborasse e permitisse que o navio funcionasse em águas suecas.
Os cabos danificados conectam-se à Finlândia à Alemanha e à Lituânia à Suécia. Segundo o Wall Street Journal, as autoridades investigaram se o Yi Peng 3 teria arrastado sua âncora intencionalmente, causando os danos.
A fundação norueguesa NORSAR, responsável pelo monitoramento de eventos sísmicos, não detectou explosões na região, reforçando a possibilidade de danos mecânicos. Atualmente, o navio chinês encontra-se ancorado em águas internacionais entre a Suécia e a Dinamarca, sob vigilância de embarcações militares, incluindo a marinha dinamarquesa.
Apoio internacional e contexto geopolítico
O incidente foi discutido em uma reunião de segurança envolvendo líderes da região do Mar Báltico. O primeiro ministro polonês, Donald Tusk, expressou solidariedade à Suécia, confirmando a relevância do caso para toda a região.
“Este não é o primeiro incidente no Mar Báltico que levanta preocupações. Todos estamos cientes da importância de proteger a segurança da navegação na área”, declarou Tusk. Ele relembrou episódios anteriores, como as explosões nos gasodutos Nord Stream em 2022 e o dano ao Balticconnector em 2023.
As autoridades alemãs e finlandesas também iniciaram investigações sobre o caso, enquanto o ministro da Defesa da Alemanha sugeriu que pode se tratar de sabotagem, embora nenhuma prova concreta tenha sido apresentada até agora.
Posição da China
Em resposta, Pequim negou qualquer envolvimento do Yi Peng 3. Representantes chineses afirmaram que não possuíam informações sobre o navio, mas se mostraram dispostos a dialogar com as partes envolvidas.
O caso adiciona tensão às relações no Báltico, uma região estratégica para o transporte de energia e dados. Enquanto as investigações prosseguem, permanece a preocupação sobre os impactos de possíveis sabotagens em infraestruturas críticas.
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