Putin ameaça a Alemanha por fornecimento de armas a Ucrânia: “Agiremos da mesma forma”
Putin ameaça a Alemanha por fornecimento de armas a Ucrânia: “Agiremos da mesma forma”
Putin alerta Alemanha sobre o uso de armas ocidentais na Ucrânia, ameaçando repercussões diretas e abrangentes das relações com Moscovo
Na quarta-feira, Vladimir Putin fez uma advertência direta à Alemanha, afirmando que o uso de armas enviadas pelo Ocidente para a Ucrânia atacar alvos no território da Rússia seria um “passo perigoso”.
O presidente russo alertou que, caso esse cenário se concretizasse, Moscou poderia fornecer armas de longo alcance a outros países para atacar alvos ocidentais. Para Putin, isso poderia resultar no envolvimento direto da Rússia na guerra, caso tal situação se concretizasse.
“Isso marcaria o seu envolvimento direto na guerra contra a Federação Russa, e reservamo-nos o direito de agir da mesma forma”, afirmou Putin.
A relação entre Alemanha e Rússia tem se deteriorado desde que o país europeu autorizou o envio de armas de longo alcance para a Ucrânia.
Essa decisão foi acompanhada pela permissão dos Estados Unidos para que a Ucrânia utilizasse armamentos ocidentais contra alvos no interior da Rússia.
Putin criticou fortemente a entrega de tanques alemães à Ucrânia, qualificando-a como um “choque” para a Rússia. Além disso, ele indicou que esse movimento pode arruinar de vez os laços diplomáticos entre Moscou e Berlim.
No contexto da guerra, um representante do Ocidente e um senador norte-americano revelaram, sob anonimato, que armas norte-americanas foram usadas pela Ucrânia em ataques no território russo.
Essa permissão é respaldada por uma nova cláusula do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que permite o uso de armas para defender a cidade de Kharkiv, a segunda maior da Ucrânia.
Contudo, a utilização de armamentos para atacar apenas a Rússia segue sendo uma questão polêmica e, para Putin, uma denúncia direta da soberania da Rússia.
Em uma entrevista durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, Putin também comentou sobre a relação com os Estados Unidos, dizendo que, independentemente de quem vença as eleições presidenciais norte-americanas, as relações bilaterais não sofreriam mudanças significativas.
“Trabalharemos com qualquer presidente que o povo americano eleger”, afirmou, demonstrando pragmatismo em sua abordagem internacional.
Ainda sobre o conflito, Putin foi questionado sobre as perdas militares russas. Sem divulgar números precisos, ele afirmou que as baixas ucranianas são cinco vezes maiores que as russas, além de alegar que mais de 1.300 soldados russos estão em cativeiro ucraniano, enquanto mais de 6.400 ucranianos estão detidos na Rússia. Essas informações não foram verificadas de forma independente.
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