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Alertas da OTAN deixam o mundo preocupado: A Terceira Guerra Mundial parece cada vez mais próxima; pessoas estão investindo em bunkers e países orientam a população

Alertas da OTAN deixam o mundo preocupado: A Terceira Guerra Mundial parece cada vez mais próxima; pessoas estão investindo em bunkers e países orientam a população

A Europa se prepara para uma possível guerra com alertas da OTAN, aumentando a procura por bunkers e orientações para a população sobre como agir em caso de conflito expandido

Nos últimos meses, as autoridades europeias emitiram alertas sobre a necessidade urgente de o continente se preparar para um possível conflito em grande escala.

Com a escalada da guerra na Ucrânia e o crescente envolvimento de potências como os Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e China, o temor de uma guerra expandida tem sido discutido.

Especialistas em segurança e políticos estão cada vez mais alertas sobre os riscos de uma crise global que pode envolver não apenas a Ucrânia, mas também outros países da Europa.

A tensão crescente tem levado a medidas preventivas, incluindo orientações sobre como a população deve se proteger em caso de ataque. Além disso, a busca por abrigos antibomba aumentou, refletindo o clima de incerteza na região.

O Alerta da OTAN: Preparação para a Guerra

Em 25 de novembro, Rob Bauer, presidente do comitê militar da OTAN, fez um alerta importante durante um evento em Bruxelas. Ele pediu para que as empresas na Europa se preparassem para um cenário de guerra, ajustando suas linhas de produção e distribuição.

O objetivo, em segundo lugar, é garantir que serviços e bens essenciais possam ser entregues sem interrupções, independentemente das situações. “Se pudermos garantir que todos os serviços e bens cruciais possam ser entregues, não importa o que aconteça, isso será uma parte fundamental da nossa dissuasão”, afirmou Bauer.

O alerta se refere à vulnerabilidade da Europa em relação a países como a Rússia e a China, que têm se tornado cada vez mais estratégicos no fornecidos de energia, metais raros e medicamentos.

Além disso, Bauer destacou a necessidade de a Europa reduzir a sua dependência de países como a Rússia e a China em áreas essenciais. Ele sugeriu que essa dependência poderia ser usada como uma vantagem por esses países em um possível cenário de guerra.

A mensagem foi clara: os governos devem estar preparados não apenas para o conflito militar, mas também para a guerra econômica que pode vir a ser travada.

A escalada do Conflito na Ucrânia e suas repercussões

A preocupação com um possível conflito expandido ganhou força após a escalada na guerra na Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, fez declarações preocupadas sobre o uso de armas nucleares.

No mês de novembro, ele relaxou os critérios para o emprego dessas armas, um movimento alarmante para os países ocidentais. A medida foi vista como uma resposta à crescente ajuda ocidental na Ucrânia, que inclui armamentos como missões de longo alcance e caças F16.

Além disso, Putin ameaçou diretamente os países que estão fornecendo apoio militar à Ucrânia. Ele afirmou que a Rússia se consideraria não ter o direito de usar suas armas nucleares contra bases militares de países como os Estados Unidos e o Reino Unido, caso estes continuem a fornecer suporte à Ucrânia.

Essa escalada verbal aumentou ainda mais a tensão na Europa, já que a ameaça de uma guerra nuclear, embora remota, é um cenário que assusta a todos.

A ameaça de uma guerra global: A reação dos líderes

O alerta sobre o risco de uma guerra global foi reforçado pelo primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk. Ele afirmou que a invasão russa da Ucrânia está entrando em uma fase decisiva e que a ameaça de um conflito global é “séria e real”.

Para Tusk, os recentes acontecimentos demonstraram que a guerra na Ucrânia poderia se espalhar para outras regiões, com consequências drásticas para toda a Europa.

Do lado britânico, o vice-chefe do Estado-Maior, Rob Magowan, não hesitou em afirmar que as forças britânicas estariam prontas para lutar caso a Rússia decidisse invadir outro país do Leste Europeu.

Se o Exército Britânico recebesse um pedido para lutar esta noite, ele lutaria”, disse Magowan, reforçando o compromisso do Reino Unido com a defesa da Europa. A mensagem foi clara: o Reino Unido está pronto para intervir caso o conflito se espalhe.

Para o ex-comandante militar ucraniano e atual embaixador da Ucrânia no Reino Unido, Valery Zaluzhny, a Terceira Guerra Mundial já teria começado.

Ele acredita que, com o apoio crescente da Rússia em países como China, Irã e Coreia do Norte, a guerra está se expandindo e é apenas uma questão de tempo até que outros países sejam envolvidos.

Preparativos para a guerra: instruções para a população

A Europa, especialmente os países nórdicos, tem adotado medidas para preparar suas leis para possíveis cenários de guerra. Na Suécia, milhões de cidadãos começaram a receber um panfleto que os orienta sobre como agir em caso de guerra ou outras crises.

O documento, intitulado “Se houver crise ou guerra”, é uma versão atualizada de um material semelhante distribuído há seis anos. A publicação foi ampliada devido ao agravamento da situação de segurança, especialmente em relação à invasão russa da Ucrânia.

A Finlândia também introduziu medidas semelhantes, publicando orientações sobre como a população deve se preparar para incidentes e crises.

A Noruega e a Dinamarca seguiram o exemplo e enviaram panfletos para seus cidadãos com recomendações sobre como lidar com situações extremas, como guerra ou desastres naturais.

Essas ações refletem uma preocupação crescente com a possibilidade de um conflito expandido que pode afetar diretamente os países escandinavos.

A decisão da Suécia e da Finlândia de aderir à OTAN também foi vista como uma resposta à ameaça representada pela Rússia. A adesão dessas nações à aliança militar foi um golpe para Putin, que se opõe à expansão da OTAN e considera uma das razões para a invasão da Ucrânia.

Para esses países, a segurança passa a ser uma preocupação ainda mais urgente, dado o contexto de instabilidade geopolítica.

A corrida por bunkers: a preparação física para o conflito

Outro reflexo da tensão crescente é a procura por bunkers e abrigos protegidos. Na Espanha, a demanda por abrigos antibomba tem aumentado significativamente.

Empresas especializadas na construção de bunkers, como a Bunker World, relatam um crescimento de três vezes no número de pedidos.

Guillermo Ortega, proprietário da empresa, revelou que muitas pessoas estão optando por fazer pedidos imediatos, ao contrário de antes, quando as consultas eram mais espaçadas. A lista de espera para a construção de bunkers pré-fabricados já inclui clientes da França, Alemanha e até da Colômbia.

Na Alemanha, o governo está criando um novo levantamento de bunkers que podem ser usados ​​como abrigos de emergência para civis.

O Ministério do Interior está planejando lançar um aplicativo com informações sobre estações de metrô, trens, estacionamentos e prédios que possam servir de refúgio em caso de conflito.

Além disso, as autoridades estão incentivando os cidadãos a adaptarem seus próprios espaços, como porões e garagens, para o caso de emergência.

A visão dos especialistas: um risco real ou exagero?

Especialistas em segurança, como Richard Caplan, professor da Universidade de Oxford, avaliam que os preparativos são justificados, embora seja medir a seriedade do risco de uma guerra.

Caplan afirma que o risco de um conflito expandido na Europa é plausível, principalmente devido ao medo de que a Rússia possa atacar outros países do Leste Europeu, como os Estados Bálticos.

Esses países fazem parte da OTAN, o que significa que qualquer ataque a um deles desencadearia uma resposta militar de todos os membros da aliança.

Embora Caplan reconheça que o comportamento da população pode ser influenciado pelas experiências de guerra do passado, ele acredita que os preparativos são necessários.

“Os governos também tomaram medidas de mitigação de riscos para tranquilizar o público — o que pode às vezes ter um efeito contrário”, conclui o especialista.

Conclusão: o que esperar da situação?

Com a escalada das escaladas e os preparativos em diversos países europeus, a pergunta que permanece é: o que esperar de tudo isso?

A ameaça de um conflito expandido é real, mas ainda não é possível prever com precisão qual será o próximo passo na guerra da Ucrânia ou como as potências globais se comportarão.

O cenário permanece instável e os governos da Europa continuam se preparando para o pior, enquanto a população tenta lidar com as incertezas do momento. A guerra, se ela se expandir, pode mudar radicalmente a geopolítica global.