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Previsões de crescimento do PIB da China aumentam à medida que bancos estrangeiros respondem a medidas de estímulo

Previsões de crescimento do PIB da China aumentam à medida que bancos estrangeiros respondem a medidas de estímulo

Instituições financeiras internacionais começaram a ajustar para cima suas previsões sobre o crescimento econômico da China em 2024. Esse movimento é impulsionado pela série de estímulos implementados desde o final de setembro, indicando que Pequim poderá atingir sua meta de crescimento de “cerca de 5 por cento” no próximo ano.

Atualizações de Previsões Econômicas sobre o PIB da China

Diversas empresas, incluindo UBS, Moody’s Analytics, Goldman Sachs e Nomura, revisaram suas expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2024, com as novas projeções se aproximando de 4,95%. Essas revisões são baseadas em uma série de medidas de estímulo que têm sido vistas como necessárias para compensar o fraco desempenho no varejo e os baixos preços de imóveis, que marcaram boa parte deste ano.

Na última semana, a China anunciou um crescimento econômico de 4,6% no terceiro trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse foi o menor crescimento trimestral desde meados de 2023, o que gerou preocupações, mas também abriu caminho para políticas de estímulo mais agressivas.

Respostas dos Bancos Estrangeiros

Na segunda-feira, o banco de investimentos suíço UBS elevou sua previsão para o crescimento do PIB chinês de 4,6% para 4,8%, destacando o desempenho mais forte do que o esperado no terceiro trimestre e os recentes anúncios de estímulos políticos. O economista da UBS para a China, Wang Tao, afirmou em uma nota de pesquisa que “a leitura de crescimento do PIB no terceiro trimestre e o impulso das políticas justificam essa revisão para cima.”

A Moody’s Analytics, por sua vez, elevou sua previsão de crescimento de 4,8% para 4,95% na segunda-feira, impulsionada pelas medidas de estímulo, mesmo com sinais de fraqueza econômica persistindo. De acordo com o economista da Moody’s, Harry Murphy Cruise, as novas políticas são “bem-vindas” e devem ajudar a China a alcançar sua meta de crescimento de 5% para o próximo ano.

Políticas de Estímulo Chinesas

Desde o final de setembro, as autoridades chinesas vêm implementando diversas políticas para incentivar a economia, focando principalmente em cortes nas taxas de hipotecas e de empréstimos. O Banco Popular da China, por exemplo, reduziu a taxa básica de juros para empréstimos de cinco anos, de 3,85% para 3,6%, enquanto a taxa para empréstimos de um ano caiu de 3,35% para 3,1%.

Esses movimentos visam fortalecer o mercado interno e sustentar o crescimento econômico, além de atingir a meta de crescimento do PIB de 2024.

Expectativas de Outros Bancos

Além da UBS e Moody’s, o Goldman Sachs também revisou sua previsão de crescimento para a China, subindo de 4,7% para 4,9%. O banco japonês Nomura, por sua vez, elevou sua expectativa de 4,6% para 4,7%, reconhecendo a importância das políticas de estímulo recentes.

A combinação dessas revisões aponta para um otimismo cauteloso em relação à recuperação econômica da China. Entretanto, é importante lembrar que o sucesso das políticas de estímulo dependerá de vários fatores, incluindo a estabilidade do mercado imobiliário e a capacidade de Pequim em manter o controle sobre o cenário macroeconômico do país.