Navio de guerra chinês persegue o HMCS Ottawa, do Cananá, e gera tensão entre os países no Mar da China Oriental
Navio de guerra chinês persegue o HMCS Ottawa, do Cananá, e gera tensão entre os países no Mar da China Oriental

Navio de guerra chinês segue HMCS Ottawa no Mar da China Oriental, gerando tensão entre Canadá e China. Especialistas destacam provocação canadense e direito da China em monitorar águas territoriais
Na última quarta-feira, a mídia canadense relatou um incidente no Mar da China Oriental envolvendo o navio de guerra canadense HMCS Ottawa, que teria sido seguido por um embarque de guerra chinesa.
O episódio aumentou a pressão entre os dois países, refletindo as complexas relações militares e geopolíticas na região do Indo-Pacífico. No entanto, os especialistas chineses apontam que o relatório canadense omitiu detalhes cruciais, levantando questões sobre a provocação de atos internacionais.
O incidente: O HMCS Ottawa e o navio chinês Binzhou
De acordo com a reportagem do CTV National News, o HMCS Ottawa, um navio de guerra da Marinha Canadense, estava em missão no Mar da China Oriental quando foi seguido por um navio de guerra chinês, o Binzhou.
A tripulação do HMCS Ottawa soube da sequência logo após o embarque canadense deixar o porto de Sasebo, no Japão. Durante os primeiros dias de navegação, o navio chinês teria questionado os canadenses sobre a identidade e o destino do HMCS Ottawa.
O relatório canadense indicou que o navio chinês fez perguntas como “Quem é você?” e “Para onde você está indo?”, mas não envolve nenhum tipo de confronto direto entre as embarcações.
Apesar disso, o CTV National News sugeriu que o episódio demonstrou a flexibilidade da China em exibir sua força naval na região.
O contexto da missão e da operação multinacional
O HMCS Ottawa esteve inicialmente em uma missão sob mandato da ONU, mas logo fez a transição para a Operação Horizon, uma iniciativa multinacional destinada a promover a paz e a ordem no Indo-Pacífico.
A área em questão tem sido um ponto de disputa estratégica entre potências globais, com países como os Estados Unidos e o Japão também envolvidos em atividades militares na região.
Porém, a cobertura da mídia canadense omitiu a localização exata do HMCS Ottawa, levantando dúvidas sobre a narrativa apresentada. Especialistas militares chineses criticaram a reportagem canadense por não detalhar a profundidade exata do navio de guerra canadense com as águas territoriais da China.
A resposta de especialistas chineses: legitimidade na ação de monitoramento
Song Zhongping, um analista militar chinês, comentou sobre o incidente, alegando que o relatório canadense foi vago de forma deliberada.
Para ele, a China tem o direito legítimo de monitorar e verificar qualquer navio estrangeiro que esteja próximo de suas águas. “Outros países fariam o mesmo”, afirmou Song, destacando que o Canadá, sendo uma nação fora da região, não deveria se surpreender com a vigilância militar da China.
Song também revelou que a mídia canadense estava colocando a culpa na China, enquanto o próprio Canadá era responsável por suas ações provocativas, como enviar um navio de guerra para locais próximos da China.
Segundo o especialista, a verificação e identificação de embarques estrangeiros nas águas da China estão totalmente em conformidade com as leis internacionais.
Histórico de movimentos provocativos: outros Incidentes no estreito de Taiwan e no espaço aéreo chinês
O incidente com o HMCS Ottawa não é um caso isolado. Em novembro de 2023, a China já havia demonstrado sua preocupação com movimentos semelhantes envolvendo o Canadá.
Na ocasião, o HMCS Ottawa transitou pelo Estreito de Taiwan com o caçador dos EUA, uma ação que levou as forças chinesas a mobilizar unidades navais e aéreas para monitorar de perto a situação.
O coronel sênior Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro Oriental do Exército Popular de Libertação (PLA), comentou que, durante o trânsito, os helicópteros canadenses realizaram voos de baixa altitude perto da China, ignorando avisos chineses.
Segundo os militares chineses, os helicópteros canadenses se envolveram em ações provocativas, o que violou a soberania chinesa e as normas internacionais.
Outro incidente relevante ocorreu em outubro de 2023, quando um avião CP-140 da Força Aérea Canadense entrou ilegalmente no espaço aéreo territorial chinês, sendo seguido de perto por aeronaves chinesas, que chegaram a uma distância de apenas cinco metros do avião canadense.
Conclusão: o continente em alerta
O recente incidente envolvendo o HMCS Ottawa e o navio de guerra chinês Binzhou expõe as tensões constantes no Mar da China Oriental, uma área estratégica e sensível.
Embora a mídia canadense tenha relatado o ocorrido como uma demonstração de força por parte da China, especialistas chineses argumentaram que a ação foi uma resposta legítima a um comportamento provocativo por parte do Canadá.
A China tem se mostrado firme na defesa de suas águas territoriais, enquanto o Canadá e seus aliados continuam suas operações militares na região, muitas vezes próximas à fronteira chinesa.
A dinâmica de monitoramento e ocorrência de ambos os lados sugere que novos episódios como esses são inevitáveis, dada a crescente militarização do Indo-Pacífico e o contínuo embate de interesses na área.
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