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Os 5 asteroides mais ameaçadores: riscos reais de impacto na Terra e o que a NASA está fazendo para nos proteger

Os 5 asteroides mais ameaçadores: riscos reais de impacto na Terra e o que a NASA está fazendo para nos proteger

Descubra os 5 asteroides mais perigosos monitorados pela NASA, suas chances de impacto na Terra e o poder destrutivo de uma colisão

A história do impacto do asteroide que extinguiu os dinossauros há 66 milhões de anos é conhecida mundialmente. Mas a preocupação com novas colisões está longe de ser apenas um cenário de ficção científica. Hoje, a NASA monitora atentamente grandes asteroides que poderiam ameaçar a Terra. Entre eles, cinco merecem atenção especial. Saiba mais sobre essas rochas espaciais e o risco que representam.

1. Bennu: O maior risco atual

Tamanho: 0,30 milha (0,49 km)
Massa: 74 milhões de toneladas (67 milhões de toneladas métricas)

Bennu, descoberto em 1999, é hoje considerado o asteroide com maior risco de impacto na Terra. Felizmente, isso não deve ocorrer tão cedo. De acordo com cientistas da NASA, há uma chance de 0,037% — cerca de 1 em 2.700 — de que Bennu atinja o planeta em 24 de setembro de 2182.

A missão OSIRIS-REx, da NASA, coletou amostras de Bennu em 2023, revelando informações valiosas sobre sua composição. Os estudos iniciais identificaram aminoácidos, como a glicina, e minerais com água, indicando que Bennu pode ter sido parte de um corpo celeste que presenciou processos relacionados à água antes de se fragmentar.

Se Bennu colidisse com a Terra, liberaria energia equivalente a 1,4 bilhão de toneladas de TNT, causando destruição regional significativa. Em áreas densamente povoadas, as consequências podem ser devastadoras, com potencial para milhões de mortes.

2. 1950 DA: uma ameaça global

Tamanho: 0,81 milha (1,3 km)
Massa: 78 milhões de toneladas (71 milhões de toneladas métricas)

O asteroide 29075, mais conhecido como 1950 DA, foi descoberto em 1950, mas “desapareceu” logo após. Ele foi redescoberto apenas 50 anos depois. Sua composição, rica em ferro-níquel, indica que ele é uma “pilha de entulho” solta, mas altamente densa.

Atualmente, a probabilidade de 1950 DA atingir a Terra é de 0,0029% — ou 1 em 34.500 — em 16 de março de 2880. Caso isso ocorra, a energia liberada seria equivalente a 75 bilhões de toneladas de TNT, suficiente para provocar uma catástrofe global e até mesmo a extinção da humanidade.

3. 2023 TL4: uma nova ameaça

Tamanho: 0,20 milha (0,33 km)
Massa: 47 milhões de toneladas (43 milhões de toneladas métricas)

Descoberto recentemente, em 2023, o asteroide TL4 já entrou na lista de objetos potencialmente perigosos. As observações iniciais indicam uma chance de 0,00055% — ou 1 em 181.000 — de que ele atinja a Terra em 10 de outubro de 2119.

Caso uma questão ocorra, a energia liberada seria equivalente a 7,5 bilhões de toneladas de TNT, causando destruição significativa em uma vasta região, mas sem ameaçar a sobrevivência global.

4. 2007 FT3: O asteroide perdido

Tamanho: 0,21 milha (0,34 km)
Massa: 54 milhões de toneladas (49 milhões de toneladas métricas)

Desde sua descoberta em 2007, o 2007 FT3 não foi mais divulgado, o que dificulta a precisão em suas variações orbitais. A NASA calcula uma probabilidade de 0,0000096% — ou 1 em 10 milhões — de que ele colida com a Terra em 3 de março de 2030. Uma chance aumentada menor, 0,0000087% — ou 1 em 11,5 milhões —, está previsto para 5 de outubro de 2024.

Se o impacto ocorrer, o FT3 liberará energia equivalente a 2,6 bilhões de toneladas de TNT, suficiente para causar danos catastróficos regionais.

5. 1979 XB: Um mistério de décadas

Tamanho: 0,41 milha (0,66 km)
Massa: 390 milhões de toneladas (354 milhões de toneladas de toneladas)

Descoberto em 1979, o asteroide 1979 XB não é observado há cerca de 40 anos, o que também complica a previsão de sua órbita. Estima-se que ele tenha uma probabilidade de 0,000055% — ou 1 em 1,8 milhão — de atingir a Terra em 14 de dezembro de 2113.

Caso o impacto aconteça, a energia liberada seria equivalente a 30 bilhões de toneladas de TNT. Esse valor é suficiente para causar destruição na escala continental, mas provavelmente não provocará um evento de extinção global.

Prevenção e monitoramento

A NASA, por meio do Center for Near Earth Object Studies (CNEOS), mantém um sistema de vigilância chamado Sentry, que calcula possíveis trajetórias de asteroides. O objetivo é identificar ameaças com antecedência suficiente para ações preventivas planejadas.

Em 2022, a missão DART (Double Asteroid Redirection Test) provou que é possível alterar a trajetória de um asteroide. Essa tecnologia pode ser fundamental no futuro para evitar colisões catastróficas.

Apesar das baixas probabilidades, os impactos de grandes asteróides continuam sendo uma preocupação válida. Monitorar e entender essas ameaças é essencial para a segurança do nosso planeta.