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Jatos militares da China conseguirão ser favorecidos nos mercados de armas dominados pelos EUA e pela Rússia?

Jatos militares da China conseguirão ser favorecidos nos mercados de armas dominados pelos EUA e pela Rússia?

A recente entrega de caças JF-17 ao Azerbaijão, uma antiga república soviética, marca um importante avanço nas ambições militares da China e do Paquistão. Com isso, o Azerbaijão se torna o quarto país a operar esta aeronave militar sino-paquistanesa, refletindo a crescente penetração da China em mercados anteriormente dominados pelos Estados Unidos e Rússia.

Expansão Militar Estratégica

Na semana passada, o exército paquistanês anunciou a entrega do primeiro lote de caças JF-17 Block III ao Azerbaijão. A transação faz parte de um acordo de US$ 1,6 bilhão, assinado em fevereiro deste ano, que inclui aeronaves, treinamento e munições. A entrega foi formalizada durante a exposição internacional de defesa do Azerbaijão, realizada em Baku.

Durante o anúncio, o presidente azeri, Ilham Aliyev, afirmou que o apoio do Paquistão fortalecerá ainda mais a cooperação militar entre os dois países, ampliando as capacidades de defesa do Azerbaijão.

O Poder dos Caças JF-17

Desenvolvido em parceria pelo Complexo Aeronáutico do Paquistão e pela Corporação de Aeronaves Chengdu da China, o JF-17 é uma aeronave de combate multifuncional de 4.5 geração. O caça é capaz de realizar uma ampla variedade de missões de combate, proporcionando um poder aéreo contemporâneo e robusto ao Azerbaijão. A inclusão dessas aeronaves na força aérea do país reforça a sua segurança nacional e aumenta sua capacidade defensiva.

A aeronave já foi adquirida por outros países, como Mianmar, Nigéria e Iraque, refletindo sua crescente popularidade no cenário militar global. O JF-17 é reconhecido por seu desempenho versátil e seu custo-benefício, tornando-o uma opção atraente para nações que buscam modernizar suas forças armadas sem depender das potências tradicionais do ocidente.

O Papel Estratégico do Paquistão

O Paquistão, que é responsável por cerca de 60% das exportações de armas da China, possui atualmente 161 unidades de JF-17 em sua força aérea, além de cerca de 20 unidades do J-10C, outro caça chinês de 4.5 geração comparável ao F-16 americano. Isso demonstra o crescente alinhamento estratégico entre a China e o Paquistão no domínio militar.

A entrega dos JF-17 ao Azerbaijão não só fortalece a cooperação entre esses países, mas também demonstra o poder crescente da parceria sino-paquistanesa em expandir sua influência militar em regiões de interesse geopolítico. O acordo também sublinha a disposição de nações como o Azerbaijão em diversificar suas fontes de armamento, afastando-se das tradicionais dependências dos EUA e da Rússia.

Essa transação representa um marco importante na evolução das relações militares globais, com implicações significativas para a dinâmica de poder no Cáucaso e além.