China alega fins civis, mas atividades nucleares em ilha abandonada gera preocupações ao mundo
China alega fins civis, mas atividades nucleares em ilha abandonada gera preocupações ao mundo
A Ilha Chinesa Changbiao pode se tornar centro estratégico nuclear de Pequim, com reatores avançados e potencial militar
Uma pequena ilha chinesa, chamada Changbiao, localizada no leste do Mar da China, está chamando a atenção de especialistas internacionais.
O local, antes desabitado, tornou-se palco de um dos projetos mais ambiciosos do regime de Xi Jinping: a construção de reatores nucleares de “criação rápida”. Apesar de Pequim alegar fins civis, a iniciativa gera desconfiança nos países ocidentais.
Reatores avançados e potenciais militares
Changbiao abrigou o primeiro de dois reatores nucleares planejados, que devem operar com tecnologia avançada capaz de produzir plutônio.
Especialistas afirmam que esses reatores, uma vez operacionais, poderão ser adaptados rapidamente para fins militares. Cada unidade terá capacidade para gerar cerca de 200 quilos de plutônio por ano, o suficiente para produzir até 50 ogivas nucleares.
Segundo o jornal britânico The Telegraph, o segundo reator deve ser finalizado em 2026, ampliando o potencial estratégico da China na região.
Expansão do arsenal chinês
O aumento da capacidade nuclear chinesa vem sendo monitorado de perto. Um relatório recente do Pentágono revelou que o país ampliou seu arsenal para mais de 600 ogivas nucleares em meados de 2024, com a meta de ultrapassar mil até 2030.
Embora ainda distante de rivais como Estados Unidos e Rússia, o avanço preocupa devido à rapidez e escala do investimento.
Contexto geopolítico
A ilha de Changbiao representa mais que uma iniciativa tecnológica: é uma peça estratégica no jogo de poder global. As autoridades ocidentais veem a construção como parte de um esforço maior para consolidar o domínio chinês no Mar da China e fortalecer a sua posição militar na Ásia.
Apesar das declarações de que o projeto é restrição civil, o histórico de militarização de infraestruturas em Pequim alimenta o ceticismo. A capacidade de produzir plutônio em larga escala coloca a China em posição de redefinir seu papel no cenário nuclear internacional.
Dados técnicos e cronograma
Os reatores em Changbiao fazem parte de um programa que mistura tecnologia civil e militar. A construção do segundo reator, prevista para 2026, é um passo essencial para que o país alcance suas metas nucleares.
Com a escalada das tensões no Indo-Pacífico, o projeto em Changbiao reafirma o foco de Pequim em fortalecer seu poder estratégico.
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