General Motors anuncia reestruturação bilionária e enfrenta crise no mercado chinês
General Motors anuncia reestruturação bilionária e enfrenta crise no mercado chinês
General Motors enfrenta desafios históricos na China com reestruturação bilionária
A General Motors (GM) anunciou nesta quarta-feira que registrará custos não monetários de mais de US$ 5 bilhões em sua operação conjunta na China. A decisão, que reflete a restrição da joint venture com a SAIC Motors e a desvalorização do negócio, simboliza os desafios enfrentados pela montada no maior mercado automotivo do mundo.
O mercado chinês, que já foi um dos maiores motores de lucro para a GM, tornou-se uma fonte de prejuízos. Nos primeiros três trimestres de 2024, a empresa relatou perdas de cerca de US$ 350 milhões na região. Em resposta, a GM planeja reestruturar sua operação, reduzindo custos com fechamento de fábricas e otimizando seu portfólio. Esses esforços, segundo o diretor financeiro Paul Jacobson, estão em fase final.
Impactos financeiros e mudanças estruturais
A restrição incluirá um encargo de US$ 2,6 a US$ 2,9 bilhões relacionados aos custos operacionais e mais US$ 2,7 bilhões para ajuste de valor da joint venture. A maior parte será registrada no resultado do quarto, impactando o lucro líquido, mas não os números ajustados.
Jacobson afirmou que a decisão permitirá que a operação na China se torne “lucrativa em uma escala menor”. Ele também garantiu que a reestruturação poderá ser concluída sem a necessidade de fundos adicionais da GM.
No entanto, os analistas permaneceram céticos quanto à previsão da operação. Alguns destacam que os “ventos contrários” no mercado chinês podem dificultar a lucratividade da montadara.
Concorrência local e queda nas vendas
A situação da GM reflete desafios mais amplos enfrentados pelas montadoras internacionais na China. Fabricantes locais, como a BYD, dominam o mercado, impulsionados pelo crescimento das vendas de veículos elétricos. Enquanto a joint venture GM-SAIC vendeu apenas 370.989 veículos nos primeiros 11 meses de 2024, a BYD superou a marca de 3,7 milhões no mesmo período.
O pico de vendas da GM na China ocorreu em 2018, com 2 milhões de unidades comercializadas. Desde então, a queda foi acentuada, com redução de 59% nas vendas neste ano em comparação a 2023.
A presidente-executiva da GM, Mary Barra, destacou que a empresa busca reduzir estoques e melhorar modestamente as vendas até o final do ano. Porém, ela revelou, em julho, que o mercado chinês está se tornando “insustentável” para empresas que não conseguem equilibrar custos e receitas.
Movimentos de concorrência e futuro da operação
Outras montadoras globais também estão repassando suas operações na China. A Volkswagen, ultrapassada pela BYD como líder de mercado em 2022, reforçau parcerias locais para investir em tecnologia de veículos elétricos. Já a Nissan e a Ford estão cada vez mais investidas e em capacidade de produção para mitigar perdas.
Para a GM, a transformação na China será decisiva. Embora a empresa tenha evitado detalhar os próximos passos da reestruturação, as ações recentes indicam uma tentativa de se adaptar a um mercado cada vez mais competitivo e dominado por players locais.
Enquanto o futuro permanece incerto, a GM parece determinada a não abandonar a disputa pelo maior mercado automotivo do mundo. Resta saber se suas apostas serão suficientes para reverter o cenário adverso.
Últimas notícias
-
Tecnologia de cor inovadora baseada em penas de pavão pode revestir seu próximo carro
-
Intel investe US$ 300 milhões para expandir operações na China e reforça presença no mercado
-
China revela roteiro para se tornar líder mundial em ciência espacial até 2050
-
Avanços tecnológicos geram produção recorde de petróleo de xisto na China
-
‘Monstro da infraestrutura’: como a China construiu a ferrovia de alta velocidade mais longa do mundo
-
TikTok demite centenas de funcionários globalmente, com foco em moderação de conteúdo por IA