Corte de gás à Europa: Rússia aponta principal beneficiado pela decisão da Ucrânia
Corte de gás à Europa: Rússia aponta principal beneficiado pela decisão da Ucrânia
Rússia critica corte de gás pela Ucrânia, apontando impacto econômico na Europa e favorecimento aos EUA; líderes europeus reagem
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou nesta quinta-feira, 2, que a decisão da Ucrânia de cortar o fornecimento de gás russo enfraquece o potencial econômico da Europa e beneficia diretamente os Estados Unidos. A medida, iniciada na quarta-feira, gerou reações diversas entre os líderes europeus.
Maria Zakharova, porta-voz do ministério, declarou que a interrupção prejudica não apenas a economia europeia, mas também a qualidade de vida dos cidadãos.
“O principal beneficiário da redistribuição do mercado energético europeu é Washington, que também é o patrocinador da crise ucraniana”, acusou. Ela ainda responsabilizou os EUA, Kiev e autoridades europeias pela situação, alegando que priorizam interesses americanos em detrimento dos europeus.
Reações divergentes na Europa
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o corte como “uma das maiores derrotas de Moscou”, destacando a capacidade da Europa de se adaptar ao novo cenário energético.
Em contrapartida, o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, alertou sobre as possíveis “severas consequências económicas” para a União Europeia.
Impactos no mercado energético
Historicamente, o sistema de gasodutos ucraniano permitiu à Gazprom, gigante russa de energia, exportar gás para países como Áustria, Hungria e Moldávia. Este acordo gerou cerca de US$ 700 milhões anuais para Kiev.
Contudo, as autoridades ucranianas decidiram não renovar o contrato, justificando a decisão como uma forma de impedir que Moscou utilizasse esses recursos para financiar ações militares.
A medida, embora simbólica, reflete a escalada do esforço entre os países e deixa clara a divisão sobre o futuro energético da Europa.
Com o corte, especialistas alertam para a possibilidade de preços mais altos e incertezas nos próximos meses, em um continente já pressionado pela crise energética.
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