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EUA pressionou Trump a enfrentar a China no Conselho de Direitos Humanos da ONU

EUA pressionou Trump a enfrentar a China no Conselho de Direitos Humanos da ONU

EUA planejam permanecer no Conselho de Direitos Humanos da ONU para conter influência da China; disputa global ganha novos capítulos

Uma mensagem enviada aos Estados Unidos afirmou que a equipe do presidente eleito, Donald Trump, deve continuar no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. O objetivo, segundo ela, é combater a influência “perigosa” da China.

Michele Taylor, representante de Washington no conselho, disse à Reuters que pretende convencer uma nova administração republicana sobre a importância de manter o engajamento. “Todas as nossas prioridades não merecem a voz dos Estados Unidos”, declarou Taylor, destacando que essa é uma questão estratégica.

Histórico da relação dos EUA com o conselho

No primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos saíram do órgão em 2018, alegando uma visão anti-Israel. No entanto, os EUA regressarão em 2022, sob a administração de Joe Biden. O conselho, com sede em Genebra, é composto por 47 membros eleitos e realiza reuniões periódicas para proteger os direitos humanos globalmente.

Embora suas decisões não tenham força jurídica, as deliberações podem levar a investigações que servem de base para processos de crimes de guerra.

Críticas à China e resposta

Taylor expressou preocupação com a postura da China, membro do conselho até 2026, em relação aos direitos humanos. “Nosso entendimento é que os direitos humanos pertencem aos indivíduos, e a China realmente gostaria de mudar essa norma. Acho isso muito perigoso”, afirmou, citando como exemplo a justificativa para detenções arbitrárias.

A China, por sua vez, defende que cada nação deve decidir seu próprio caminho nos direitos humanos e enfatizar a igualdade entre direitos econômicos e civis. A missão diplomática chinesa em Genebra rebateu as críticas, afirmando que promove a cooperação e o diálogo no conselho.

“Pelo contrário, os EUA instrumentalizam os direitos humanos como uma arma para sua agenda política, ignorando crises reais dentro e fora do país”, declarou a representação chinesa.

A remessa dos EUA para permanecer no órgão pode influenciar futuras discussões sobre temas sensíveis, reforçando a rivalidade entre as potências no cenário global.