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Milei fortalece laços com os EUA e fala sobre relação com China e Donald Trump

Milei fortalece laços com os EUA e fala sobre relação com China e Donald Trump

Javier Milei reforça a parceria estratégica com os EUA e aborda a postura frente à China em discurso impactante

O presidente da Argentina, Javier Milei, declarou que o país agora ocupa o posto de “aliado estratégico” dos Estados Unidos. Em entrevista ao The Wall Street Journal, publicada nesta quarta-feira (18), o líder libertador mostrou otimismo quanto à parceria com o provável próximo presidente americano, Donald Trump. Segundo ele, a relação pode alavancar reformas econômicas que estão ajudando a Argentina a sair de uma grave crise.

Parceria com os Estados Unidos

Milei demonstrou confiança em que, sob a liderança de Trump, os Estados Unidos estarão abertos à negociação de um acordo de livre comércio com a Argentina. Ele acredita que a aliança reforça a posição do país no cenário global.

“Os Estados Unidos profundamente que somos um parceiro confiável”, afirmou o presidente argentino. Para Milei, Trump é uma figura-chave para fortalecer essa relação e avançar no comércio bilateral.

Mudança de postura sobre a China

Apesar de ter criticado a China durante sua campanha, principalmente por sua postura contra regimes autoritários de esquerda, Milei introduziu um tom mais moderado em relação a Pequim. O líder argentino liderou a importância econômica do gigante asiático, atualmente o segundo maior parceiro comercial da Argentina.

Ele falou sobre as relações com a China como “excelentes” e permitiu a possibilidade de visitar o líder Xi Jinping, embora ainda sem datas definidas.

“É um parceiro comercial que não impõe condições. É realmente um grande parceiro comercial”, declarou Milei. Além disso, o presidente se mostrou aberto à negociação de um acordo de livre comércio com o país asiático, reforçando sua prioridade pelo mercado livre.

Reformas econômicas

No âmbito doméstico, Milei destacou os avanços econômicos obtidos durante o primeiro ano de seu governo. Medidas como cortes de gastos públicos, eliminação de subsídios e restrição do Estado já apresentaram resultados positivos.

O Produto Interno Bruto (PIB) argentino cresceu 3,9% no terceiro trimestre, marcando o fim de uma recessão prolongada. Além disso, a inflação, que chegou a alarmantes 20% ao mês em dezembro de 2023, caiu para 2,4% em novembro deste ano.

“A inflação caiu muito mais rápido do que esperávamos”, disse Milei. Ele prevê que 2025 trará “menor inflação, maior PIB per capita, evolução mais altos e menos pobreza”.

Outro destaque foi o superávit desenvolvimento fiscal nos primeiros onze meses de 2024, algo inédito após décadas de déficits no país.

“A regra é que não haja mais déficits na Argentina”, garantiu o presidente, reafirmando o compromisso com um orçamento equilibrado.