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Elon Musk enfrenta um desastre de investimento com perdas de US$ 15 bilhões, e especialistas discutem o que isso pode significar para o futuro de suas empresas e sua posição como líder no setor de tecnologia e inovação

Elon Musk enfrenta um desastre de investimento com perdas de US$ 15 bilhões, e especialistas discutem o que isso pode significar para o futuro de suas empresas e sua posição como líder no setor de tecnologia e inovação

A perda de US$ 15 bilhões em um desastre de investimento de Elon Musk levanta dúvidas sobre o futuro de suas empresas e o impacto disso em sua posição no cenário tecnológico global

Nos últimos dois anos, a rede social anteriormente conhecida como Twitter, agora renomeada como X, enfrenta uma série de desafios financeiros e legais que impactaram sua operação global, incluindo o Brasil. A plataforma, adquirida por Elon Musk em 2022 por US$ 44 bilhões, viu seu valor despencar drasticamente, como sugerem recentes relatórios financeiros.

Desvalorização acelerada da plataforma

Segundo um relatório divulgado pela Fidelity, uma das empresas que auxiliou Musk na compra do Twitter, a rede social X perdeu mais de 75% de seu valor desde a aquisição.

A Fidelity, que originalmente investiu US$ 19,66 milhões, agora avalia sua participação em meros US$ 4,19 milhões. Isso sugere que o valor atual da plataforma não ultrapassa os US$ 10 bilhões, uma queda impressionante para uma empresa que foi comprada por US$ 44 bilhões.

O impacto dessa desvalorização também refletiu em grandes investidores, que perderam um total de US$ 24 bilhões em valor combinado.

O declínio no valor da rede social está intimamente ligado à queda de receita publicitária após a aquisição de Musk.

Ele próprio admitiu que a empresa sofreu um declínio de 50% em suas receitas publicitárias, resultado direto das mudanças implementadas na plataforma, que geraram reações adversas dos usuários.

Entre as mudanças mais controversas estão a criação de um serviço de assinatura premium, que dá aos usuários acesso a um selo de verificação e a possibilidade de editar postagens, além de ter classificações prioritárias em conversas e pesquisas.

A situação do X no Brasil

Além dos desafios financeiros, a rede social X também enfrenta complicações legais no Brasil. Em agosto de 2023, a plataforma foi bloqueada em território nacional após descumprir ordens judiciais, levando à imposição de multas milionárias. O Supremo Tribunal Federal (STF), sob a supervisão do ministro Alexandre de Moraes, impôs condições rigorosas para o retorno das operações da X no país. A empresa foi multada em R$ 10 milhões por continuar suas atividades por dois dias após o bloqueio judicial, ao mudar seus servidores para burlar o sistema.

Além disso, a plataforma foi obrigada a transferir valores bloqueados de contas bancárias para a União, totalizando R$ 18,3 milhões, como parte de uma penalidade anterior. Outra multa de R$ 300 mil foi imposta à representante legal da empresa no Brasil, Rachel de Oliveira Vila Nova Conceição, como punição por suposta evasão dolosa dos representantes anteriores, que teriam tentado evitar intimações judiciais.

O futuro da rede social X no Brasil

Embora a empresa tenha tomado medidas para cumprir as exigências da Justiça brasileira, como a nomeação de uma nova representante legal e o pagamento de algumas multas, ainda não há um prazo definido para o retorno total das operações da rede social no Brasil.

A plataforma permanece bloqueada desde o final de agosto de 2023, com o uso considerado ilegal, inclusive para aqueles que tentam acessá-la por meio de redes virtuais privadas (VPNs).

A situação reflete o complicado relacionamento entre a rede social e a Justiça brasileira. As ações do X para tentar driblar o bloqueio judicial, como a mudança de servidores, agravaram ainda mais a situação da empresa no país. No entanto, ao cumprir algumas das exigências iniciais, a empresa pode estar próxima de retomar suas atividades no Brasil.