Rousseff, que atualmente ocupa o cargo de presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), destacou a importância dos laços entre as duas nações, que se tornaram parceiros estratégicos ao longo dos anos. “Esta medalha simboliza os fortes laços de cooperação amigável entre nossos povos. Sinto-me honrada por fazer parte dessa relação especial e estou comprometida em continuar fortalecendo nossa colaboração no futuro“, afirmou.

A ascensão da parceria Brasil-China

Desde 2009, a China se consolidou como o maior parceiro comercial do Brasil, um elo fundamental para o crescimento econômico de ambos os países. Com um volume de comércio que ultrapassou a marca de US$ 181 bilhões em 2023, essa relação tem sido essencial para o desenvolvimento de setores estratégicos como agricultura, mineração e tecnologia. A medalha concedida a Rousseff reforça esse elo, sublinhando a importância da cooperação para a prosperidade mútua.

Liderança global e multilateralismo sob a visão de Xi Jinping

Em seu discurso, Dilma Rousseff teceu elogios à liderança de Xi Jinping, enfatizando o papel crucial que ele desempenha no cenário global. Para a ex-presidente, Xi é um “verdadeiro campeão da cooperação internacional e um defensor do multilateralismo”, qualidades que são vitais para enfrentar os desafios globais, como as mudanças climáticas, o desenvolvimento inclusivo e a paz mundial.

A China, sob a liderança de Xi, tornou-se uma força motriz na economia global, com sua acelerada transformação econômica e inovação tecnológica. Segundo Rousseff, essa evolução é um exemplo para o mundo e uma fonte de inspiração para outras nações que buscam equilibrar crescimento econômico e desenvolvimento social.

Uma nova ordem internacional mais justa

Dilma destacou as três principais iniciativas propostas por Xi Jinping — a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global — como demonstrações do compromisso da China em buscar soluções para questões internacionais de forma responsável. Em suas palavras, essas iniciativas refletem a visão de uma “ordem internacional mais justa e equitativa”, contrastando com a fragmentação que tem caracterizado o cenário global nos últimos anos.

Parceria histórica: a criação do Novo Banco de Desenvolvimento

Rousseff também relembrou com orgulho o marco que uniu ainda mais as duas nações: a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, em 2014, durante a reunião do BRICS no Brasil.

Naquela ocasião, Dilma e Xi anunciaram juntos a criação da instituição financeira, que hoje desempenha um papel crucial no financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável em países emergentes.

A medalha da Amizade não apenas homenageia o trabalho de Rousseff, mas também simboliza o fortalecimento contínuo dos laços entre o Brasil e a China. Marcos Galvão, embaixador do Brasil na China, ressaltou a importância desse reconhecimento: “Este é um momento significativo para as relações Brasil-China, uma expressão de nossa duradoura amizade”.

O futuro da cooperação Brasil-China

Com o Brasil desempenhando um papel central nas Américas e a China se consolidando como uma potência global, a parceria entre os dois países deve continuar crescendo nos próximos anos. Áreas como comércio, educação e cultura estão no centro dessa colaboração, oferecendo inúmeras oportunidades de desenvolvimento mútuo.

Dilma Rousseff reafirmou seu compromisso em trabalhar para intensificar essa cooperação, ressaltando que o Brasil e a China, como amigos e parceiros, compartilham o objetivo comum de promover a paz, a estabilidade e a prosperidade mundial. Com sua nova honraria, Rousseff continua a ser uma importante embaixadora das relações bilaterais entre as duas nações, contribuindo para a construção de uma relação ainda mais sólida e promissora.