O futuro chega primeiro na China: Conheça o trem sem motorista capaz de se mover sem a necessidade de trilhos tradicionais
O futuro chega primeiro na China: Conheça o trem sem motorista capaz de se mover sem a necessidade de trilhos tradicionais

Conheça o ART, o primeiro trem do mundo sem trilhos, que utiliza tecnologia de trilhos virtuais para transformar a mobilidade urbana de forma rápida e sustentável
As grandes cidades chinesas enfrentam um desafio crescente quando o assunto é mobilidade urbana. A constante expansão das áreas urbanas, o aumento da população e o tráfego intenso de veículos são fatores que dificultam o transporte de passageiros, tornando cada vez mais urgente a busca por soluções inovadoras.
Nesse contexto, a China vem se destacando com tecnologias de ponta para transformar a maneira como as pessoas se deslocam.
Um dos exemplos mais notáveis é o Autonomous Rail Rapid Transit (ART), o primeiro trem do mundo que não precisa de trilhos. Conheça os detalhes dessa revolução no transporte urbano.
Tecnologia de trilhos virtuais
O ART, desenvolvido pela CRRC Corporation, é um trem que opera com a ajuda de tecnologia de trilhos virtuais, sem a necessidade de infraestrutura tradicional de trilhos de aço.
Esse veículo utiliza um sistema de detecção magnética do solo que permite que ele se guie de forma autônoma. Equipado com pneus de borracha, o trem segue uma trajetória pré-definida e pode ser conduzido remotamente, dispensando a presença de um motorista.
Uma das maiores vantagens desse modelo é a possibilidade de operar em vias comuns, ao lado dos carros, sem a necessidade de construção de trilhos físicos.
Isso reduz significativamente os custos de implementação e amplia as possibilidades de circulação nas cidades. Além disso, o trem é equipado com sistemas avançados de segurança, como sensores de detecção de pedestres e obstáculos, que evitam acidentes e garantem um transporte mais seguro.
Desempenho e impacto ambiental
Com uma velocidade de até 70 km/h, o ART tem o potencial de transformar a mobilidade nas cidades chinesas. Especialistas acreditam que essa tecnologia pode se tornar uma solução para aliviar o congestionamento nas grandes metrópoles e revitalizar os subúrbios.
Além disso, o trem sem trilhos está alinhado com as metas de sustentabilidade da China, uma vez que sua operação tem o potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, um dos maiores problemas enfrentados pelo país.
Atualmente, o trem funciona com combustível a combustão, mas há planos de eletrificação por meio de uma tecnologia de carregamento não solo. Isso permitiria uma operação mais ecológica e eficiente.
O ART também é uma alternativa atraente para outros países, como Zimbabué, Catar e Austrália, que já manifestaram interesse em adotar essa tecnologia para melhorar a mobilidade urbana.
Capacidade e design inovador
O ART não é apenas uma inovação tecnológica, mas também um modelo de eficiência no transporte de passageiros. Com 32 metros de comprimento, o trem tem capacidade para transportar até 300 pessoas por vez.
A CRRC Corporation dinamiza um design único, utilizando rodas de borracha com núcleo de plástico, uma inovação que garante maior durabilidade e conforto.
Em vez de depender de trilhos tradicionais, o trem segue linhas pontilhadas pintadas na estrada, com uma largura de 3,75 metros. Sensores avançados localizados ao longo do percurso são responsáveis por detectar o pavimento e garantir que o trem siga a rota de maneira precisa e segura.
Com um sistema de duas cabeças, o ART opera de forma semelhante a um trem de metrô, eliminando a necessidade de manobras para mudar de direção. Isso torna o transporte mais eficiente, especialmente em áreas urbanas de alta densidade.
Zhuzhou como modelo de inovação
O ART foi implantado na cidade de Zhuzhou, localizada na província de Hunan, que conta com uma população de cerca de 4 milhões de habitantes. A cidade é um exemplo do impacto que essa tecnologia pode ter em áreas urbanas com grandes desafios de mobilidade.
O trem sem trilhos oferece uma solução prática e inovadora, adequando-se às necessidades da população local e abrindo portas para futuras implementações em outras regiões da China.
Outras inovações no transporte urbano
Enquanto a China avança com o ART, a Europa também aposta em novas tecnologias para o transporte urbano. O Hyperloop, por exemplo, é um projeto que utiliza levitação magnética para transportar passageiros a velocidades de até mil quilômetros por hora.
Diferente do ART, que utiliza pneus de borracha e trilhos virtuais, o Hyperloop flutua no ar dentro de um tubo flexível, o que reduz a resistência do ar e permite viagens extremamente rápidas.
Com esses avanços, tanto a China quanto a Europa estão moldando o futuro do transporte urbano. A inovação no setor de mobilidade promete transformar as cidades e fornecer soluções mais rápidas, seguras e sustentáveis para os desafios urbanos do futuro.
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