Taiwan declara fim dos exercícios militares da China após retirada de navios
Taiwan declara fim dos exercícios militares da China após retirada de navios
China encerra exercícios militares após visita do presidente Taiwan ao Pacífico
As autoridades de Taiwan anunciaram nesta sexta-feira (13) que os exercícios militares realizados pela China parecem ter sido encerrados. A mobilização intensificada de navios chineses nos últimos dias, incluindo ações da Guarda Costeira e do Exército, foi concluída com o retorno das embarcações aos portos.
Os exercícios foram realizados após a viagem do presidente de Taiwan, Lai Ching-te, ao Pacífico, onde visitou territórios americanos como o Havaí e Guam. A iniciativa enfureceu Pequim, que considera Taiwan parte de seu território e rejeita contatos internacionais com líderes taiwaneses.
Durante uma semana, a China deslocou remessas de navios entre o sul do Japão e o Mar da China Meridional, realizando, segundo Taipei, os maiores exercícios militares em anos. As autoridades taiwanesas afirmaram que até 90 embarcações participaram das manobras, simulando ataques a navios estrangeiros e bloqueios de rotas marítimas.
Hsieh Ching-chin, diretor-geral adjunto da Guarda Costeira de Taiwan, informou à AFP que os navios chineses regressaram aos portos na quinta-feira. “Embora não tenha sorte nenhum anúncio oficial, consideramos as manobras encerradas”, declarou.
Apesar da demonstração de força, Pequim manteve o silêncio oficial sobre os exercícios. Nem o exército chinês nem a mídia divulgaram informações detalhadas sobre as operações, mantendo uma postura de ambiguidade.
Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Chinês, reforçou a posição de Pequim durante uma coletiva na sexta-feira. “O exército de libertação popular organiza exercícios conforme suas necessidades. Não serão omissos ou fracos quando se trata de romper a ‘independência’ de Taiwan e pressionar pela unificação”, afirmou.
A tensão reflete o equilíbrio delicado entre a política internacional e as disputas regionais. Taiwan, uma democracia autônoma, enfrenta pressões constantes da China, que busca consolidar sua influência na região. A recente visita de Lai Ching-te ao Pacífico foi um lembrete dessa dinâmica complexa, provocando respostas que ressaltam o clima de instabilidade no leste asiático.
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