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China rejeita ameaça de tarifas de Trump e alerta para escalada na guerra comercial

China rejeita ameaça de tarifas de Trump e alerta para escalada na guerra comercial

Tensão comercial: China rebela-se contra ameaça de tarifas de Trump

A relação comercial entre os Estados Unidos e a China está mais uma vez no centro das atenções. Nesta quinta-feira (28), a China reagiu de forma enfática à ameaça do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de importar tarifas adicionais sobre produtos chineses. A justificativa de Trump seria o combate ao fluxo de fentanil, um opioide devastador que tem impactado fortemente a saúde pública americana. A China, por sua vez, refutou a acusação e afirmou que os Estados Unidos estão tentando transferir a responsabilidade pela crise de opioides para o gigante asiático.

Aumento de tarifas: a promessa de Trump

Na sua declaração, Trump reiterou a sua promessa de uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses a partir de 20 de janeiro, dados em que assume a presidência. O objetivo seria forçar Pequim a tomar medidas mais rigorosas para impedir o tráfico de produtos químicos usados ​​na fabricação do fentanil, substância com alto potencial viciante. Durante sua campanha, o republicano chegou a ameaçar tarifas de até 60% sobre os produtos chineses, o que acirrou ainda mais a tensão entre as duas potências.

China rejeita tarifas unilaterais

A resposta chinesa veio por meio de He Yadong, porta-voz do Ministério do Comércio, que criticou as ações unilaterais dos Estados Unidos. “A imposição de tarifas arbitrárias sobre parceiros comerciais não resolverá os problemas dos Estados Unidos”, afirmou ele, ressaltando que a China é contra qualquer aumento unilateral de tarifas. Para o governo chinês, a solução deve ser o respeito às normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e um esforço conjunto para promover relações comerciais resultantes.

A ameaça de novas tarifas coloca em perspectiva um possível agravamento da guerra comercial entre as duas nações, um cenário que preocupa os analistas. A guerra comercial iniciada durante o primeiro mandato de Trump resultou em tarifas que variaram de 7,5% a 25% sobre produtos chineses, além de deficiências nas cadeias de suprimentos globais. Os especialistas apontam que a situação pode se tornar ainda mais complicada nos próximos quatro anos, com implicações econômicas profundas.

Risco de impactos mútuos

Na China, editoriais em meios de comunicação estatais alertam para o risco de uma guerra tarifária que poderia prejudicar ambas as economias. A tensão crescente levanta questões sobre os reais interesses de Trump e as consequências de suas promessas de suportar as relações comerciais com a China. O futuro das negociações parece incerto, e o impacto nas economias de ambos os países poderá ser significativo.