Uma joia da história: a maior doação ao museu britânico em quase 300 anos

Na última quarta-feira, o Museu Britânico fez história ao anunciar a maior doação já recebida em quase seus 300 anos de existência: uma coleção de 1.700 peças de cerâmica chinesa, avaliadas em 1 bilhão de libras (cerca de R$ 7,4 bilhões ). Este tesouro cultural, originalmente pertencente à Fundação Percival David, representa um marco no reconhecimento e preservação da arte e história chinesa.

Entre os destaques da coleção estão os famosos “vasos David”, exemplares icônicos de porcelana azul e branca datados de 1351, e a rara “taça do frango”, uma pequena peça de porcelana do final do século XV que carrega um simbolismo único na arte chinesa . Outra preciosidade são as “peças Ru”, obras que remontam ao final do século XI e estão entre os artefatos mais valiosos da dinastia Song.

George Osborne, presidente do Museu Britânico, destacou o impacto histórico da doação: “Esta é a maior doação ao Museu Britânico em nossa longa história. É um verdadeiro voto de confiança em nosso futuro”. Com a chegada dessas peças, o Museu Britânico se consolida como uma das maiores referências mundiais em cerâmica chinesa, com um acervo total de 10.000 objetos.

A coleção reflete a dedicação de Percival David, empresário britânico nascido em 1892, cuja paixão pela cultura chinesa o levou a aprender o idioma e reunir essas obras de qualidade imperial. Sua visão permanece viva, educando e inspirando gerações.

Para ampliar o alcance cultural, parte dessas cerâmicas será emprestada ao Museu de Xangai e ao Museu Metropolitano de Nova York, fortalecendo laços entre instituições e continentes.

Produzida pela primeira vez na China por volta de 600 dC, a porcelana representa o ápice da inovação artística. Essa coleção não é apenas um testemunho do passado, mas um presente para o futuro, um convite para explorar as conexões entre culturas e celebrar o legado humano.