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China se prepara para cortes históricos de juros em 2025, aponta Wall Street

China se prepara para cortes históricos de juros em 2025, aponta Wall Street

A China planeja maior corte de juros em uma década para 2025, enfrentando desafios econômicos com políticas de estímulo e estratégias para contribuições a demanda interna

A China está prestes a implementar os cortes mais significativos nas taxas de juros desde 2015, segundo a otimização dos grandes bancos de Wall Street, como Goldman Sachs e Morgan Stanley. Espera-se que o Banco Popular da China (PBOC) reduza em 40 pontos-base a taxa de recompra reversa de sete dias, que cairia para 1,1%. A mudança visa combater os desafios econômicos crescentes e estimular a recuperação.

Embora a Bloomberg projete um corte menor, de 30 pontos-base, os analistas apontam para limitações importantes. O estreitamento das margens de juros nos bancos e a falha na demanda por crédito refletem o enfraquecimento econômico, redução do espaço para cortes mais profundos.

Desafios da política monetária

O BPC enfrentou dilemas críticos ao lidar com os cortes de juros. Taxas mais baixas podem desencadear fuga de capitais, especialmente se houver diferença em relação às taxas de países como os EUA aumentam. No entanto, o risco foi minimizado pelo início do ciclo de flexibilização monetária da Reserva Federal, que deve continuar em 2025.

“A China enfrenta um risco maior de deflação, e o PBOC precisa reagir”, afirmou Larry Hu, economista do Macquarie Group Ltd. Segundo ele, as reduções planejadas podem mitigar o impacto das tarifas comerciais impostas pelos EUA, que devem reduzir o crescimento econômico em 0,5 ponto percentual no próximo ano.

Ações para estimular a demanda interna

Além dos cortes nas taxas de juros, são esperadas políticas adicionais para aquecer a economia doméstica. Em setembro, o PBOC já sinalizou uma abordagem mais agressiva ao reduzir a taxa de recompra reversa em 20 pontos-base, quebrando o padrão anterior de cortes modestos de 10 pontos-base.

O alto custo do crédito na China também é uma preocupação central. Serena Zhou, economista da Mizuho Securities Asia Ltd., sugere cortes mais profundos, de até 60 pontos-base, tanto na taxa de política monetária quanto na taxa de empréstimo prime. “As taxas de crédito superam o crescimento nominal do PIB há cinco trimestres consecutivos”, destacou Zhou.

Impactos econômicos esperados

As medidas previstas para 2025 buscam atenuar os efeitos da desaceleração econômica e das relações comerciais com os EUA. Os especialistas acreditam que a combinação de juros mais baixos e políticas de estímulo pode estabilizar o crescimento, mesmo diante de um cenário global de baixa demanda e pressão deflacionária.

No entanto, os analistas alertam que uma política monetária isolada não será suficiente para uma recuperação sólida. Estímulos fiscais, como incentivos ao consumo e investimentos em infraestrutura, deverão desempenhar um papel essencial para revitalizar a economia chinesa no próximo ano.