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China pede que os Estados Unidos parem de armar Taiwan

China pede que os Estados Unidos parem de armar Taiwan

Pequim fez um forte apelo na segunda-feira para que Washington cesse imediatamente todas as formas de apoio militar à região de Taiwan, reafirmando seu compromisso em defender a soberania nacional e a integridade territorial.

A declaração ocorre após a aprovação de um novo pacote de defesa dos Estados Unidos no valor de US$ 567 milhões, destinado a reforçar as capacidades militares da ilha.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, afirmou durante uma coletiva de imprensa que o envio de armamentos viola gravemente o princípio de “uma só China” e os três comunicados conjuntos entre China e EUA, com ênfase especial no Comunicado de 17 de agosto de 1982. “Essa medida essencialmente encoraja as autoridades do Partido Democrático Progressista a buscar a independência de Taiwan e provocações contra o princípio de ‘uma só China‘”, declarou Lin.

Lin também enfatizou que o apoio dos EUA às forças separatistas de Taiwan constitui a maior ameaça à paz e estabilidade no Estreito de Taiwan. Ele alertou que qualquer tentativa de independência da ilha é “um beco sem saída” e que o contínuo apoio militar dos EUA acabará se voltando contra Washington. “Independentemente do número de armas fornecidas, a posição da China contra a independência de Taiwan permanece firme”, disse o porta-voz, pedindo que os EUA respeitem o princípio de uma só China e os acordos diplomáticos existentes.

Além das tensões no Estreito de Taiwan, Lin anunciou uma nova política de isenção de visto para cidadãos de Portugal, Grécia, Chipre e Eslovênia. A partir de 15 de outubro de 2024 até 31 de dezembro de 2025, portadores de passaportes comuns desses países poderão viajar para a China sem visto, por até 15 dias, para fins como negócios, turismo, visitas familiares ou trânsito. Lin também destacou que espera uma maior facilitação de visto para cidadãos chineses nos países mencionados, como forma de estimular as trocas internacionais.

Essa nova medida, segundo especialistas, reflete o interesse da China em fortalecer laços com parceiros europeus, ao mesmo tempo em que tenta contrabalançar as crescentes tensões com os Estados Unidos sobre Taiwan.