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China cria comitê de padrões de IA com participação de gigantes tecnológicos

China cria comitê de padrões de IA com participação de gigantes tecnológicos

China cria comissão técnica para padronizar inteligência artificial e definir novas normas

A China está dando um passo significativo em sua busca para o crescimento do setor de inteligência artificial (IA) regulatório com a criação de um comitê técnico focado na padronização da tecnologia.

O Ministério da Indústria do país anunciou, nesta sexta-feira (13), que o comitê será composto por 41 membros, incluindo representantes da gigante de tecnologia Baidu e das principais universidades do país, como a Universidade de Pequim.

O objetivo do comitê é estabelecer padrões para áreas essenciais, como modelos de linguagem ampla e avaliação de riscos relacionados à IA.

Desafios e equilíbrio entre regulação e inovação

A iniciativa surge num momento em que a China tenta equilibrar a regulação de um setor em expansão com o incentivo ao seu desenvolvimento. Embora o país tenha adotado uma postura mais cautelosa em relação a outras áreas tecnológicas no passado, como a Internet móvel e o comércio eletrônico, a IA se destaca por ser tratada de maneira mais proativa.

Diferentemente de outras tecnologias, cujas regulamentações foram impostas apenas após sua maturidade, a IA está sendo monitorada de perto desde seus projetos iniciais.

No ano passado, o governo chinês levou meses para aprovar chatbots destinados ao público, apesar de empresas locais já desenvolverem produtos semelhantes ao ChatGPT, da OpenAI.

Essa postura reflete o desejo da China de não apenas regulamentos, mas também de se posicionar como uma líder global na definição dos padrões da IA.

Um relatório do Instituto Finlandês de Assuntos Internacionais sugere que o país tem como objetivo tornar-se um “definidor de padrões”, em vez de simplesmente seguir as diretrizes condicionais por outros.

Implicações para o futuro da inteligência artificial

Este movimento reforça a intenção da China de moldar o futuro da inteligência artificial de acordo com suas próprias normas e preocupações, especialmente em relação à segurança e à ética.

A criação do comitê técnico representa uma estratégia deliberada para garantir que o país possa competir em um mercado global de IA em rápido crescimento, ao mesmo tempo em que proteja seus próprios interesses e valores.