China reforça ações contra influenciadores que ostentam riqueza nas redes sociais
China reforça ações contra influenciadores que ostentam riqueza nas redes sociais
China intensifica repressão contra influenciadores e ostentação de riqueza nas redes sociais
Nos últimos meses, a China tem intensificado uma campanha contra influenciadores digitais que ostentam estilos de vida exclusivos em suas redes sociais. A Administração do Ciberespaço do país, órgão responsável por censurar conteúdos, tem adotado medidas rigorosas para combater a exibição de riqueza excessiva online. Desde abril, a estratégia inclui a remoção de contas e a imposição de novas políticas nas principais plataformas de redes sociais.
Influenciadores populares como Wang Hongquanxing, conhecido como a “Kim Kardashian da China”, Sister Abalone e Mr. Bo tiveram suas contas apagadas para promoverem produtos de luxo. Essas ações refletem a postura crescente do governo contra o que considera ser uma exibição “antiética” da riqueza. Plataformas como Weibo, Douyin e Xiaohongshu, que são as mais populares no país, passaram a adotar restrições mais severas em relação à ostentação excessiva.
Essa não é a primeira vez que a China adota medidas contra a ostentação nas redes sociais. Desde 2021, o país tem composto publicações de celebridades que exibem um estilo de vida extravagante, impondo restrições rigorosas em campanhas contra a “indulgência excessiva”. Em maio, o Douyin, versão chinesa do TikTok, removeu mais de 4.700 postagens e fechou 11 contas na primeira semana do mês. O Xiaohongshu, uma plataforma semelhante ao Instagram, baniu 383 usuários em um período de apenas duas semanas, conforme relatado pelo jornal estatal Global Times.
Wang Hongquanxing, um dos alvos dessa repressão, tinha 4,4 milhões de seguidores no Douyin. Ele chegou a afirmar em uma entrevista que nenhuma de suas joias custava menos de 1,4 milhão de dólares (aproximadamente 7,4 milhões de reais). Sua visibilidade e o estilo de vida especiais que a promoção eram símbolos do tipo de comportamento que as autoridades chinesas buscavam erradicar das redes sociais.
Além da repressão à ostentação, a China também enfrentou um crescente combate à desinformação online. Influenciadora conhecida como Thurman Maoyibei teve suas contas suspensas após compartilhar uma história falsa, gerando uma campanha pública de protesto. Com isso, o governo busca não apenas controlar o conteúdo relacionado ao luxo, mas também garantir um ambiente digital mais seguro e verídico para seus cidadãos.
Essa repressão à ostentação de riqueza e à desinformação reflete uma tentativa da China de moldar a maneira como a sociedade se comporta e interage online, preservando valores considerados essenciais para o bem-estar social e cultural do país.
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