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China zera impostos e atrai países menos desenvolvidos com mega-acordo comercial

China zera impostos e atrai países menos desenvolvidos com mega-acordo comercial

China impulsiona comércio com países menos desenvolvidos com isenção tarifária total

A China deu início a uma política inédita de isenção tarifária total para produtos oriundos de países menos desenvolvidos com os quais mantêm relações diplomáticas. A medida, anunciada pela Comissão de Tarifa Alfandegária do Conselho de Estado em setembro, entrou em vigor neste mês e reflete a estratégia do regime comunista de fortalecer sua influência no “Sul Global”. Essa região abrange de economia e desenvolvimento social mais lento, além de menor peso político no cenário internacional.

“A China está empenhada em expandir a sua abertura unilateral aos países menos desenvolvidos e promover o desenvolvimento comum”, declarou a Comissão. Com esta iniciativa, Pequim reforça o seu papel de liderança no apoio económico a essas nações, ao mesmo tempo em que solidifica alianças estratégicas.

A medida abrange especialmente 33 países africanos, muitos dos quais participaram do Fórum de Cooperação China-África, realizado em setembro. No evento, o presidente Xi Jinping anunciou um pacote de investimentos para o continente, que pode atingir US$ 51 bilhões, prometendo intensificar o apoio financeiro à região. A ação é vista como um movimento para consolidar laços políticos e comerciais, enquanto a China busca ampliar sua rede de parceiros econômicos.

A ocorrência positiva à política não tardou a aparecer. Empresas em países menos desenvolvidos enxergam oportunidades para expandir suas exportações ao mercado chinês. Emma Mutijima, CEO da Phoenix Ventures, uma companhia agrícola de Ruanda, expressou otimismo ao jornal estatal chinês Global Times .

“Estou muito feliz com essa nova política”, afirmou. Segundo Mutijima, a empresa já projeta aumentar a exportação de mel, café e pimenta para atender à crescente demanda chinesa. A perspectiva de tarifa autorizada fortalece a colaboração com o gigante asiático e abre caminho para novas parcerias comerciais.

Especialistas avaliam que a medida pode investir em economias emergentes, proporcionando acesso facilitado ao vasto mercado chinês. Contudo, os críticos apontam que a política também serve aos interesses estratégicos da China, que busca consolidar sua influência no comércio global, particularmente entre os países do Sul Global.