Skip to main content

Exército chinês adapta IA da Meta para uso militar, desafiando diretrizes da empresa

Exército chinês adapta IA da Meta para uso militar, desafiando diretrizes da empresa

Pesquisa revela que o exército chinês adaptou o modelo Llama da Meta para criar uma IA externa para fins militares, desafiando as diretrizes da empresa

Pesquisadores de instituições chinesas ligadas ao Exército de Libertação Popular (ELP) desenvolveram uma ferramenta de inteligência artificial (IA) adaptada para fins militares.

O modelo Llama, criado pela Meta, foi utilizado como base para a construção do ChatBIT, um sistema otimizado para tarefas de diálogo e respostas no campo militar.

Essa adaptação marca a primeira vez que há evidências de um uso sistemático de modelos de linguagem grandes (LLMs) de código aberto em contextos militares.

A análise de três artigos acadêmicos, vinculados ao principal órgão de pesquisa do ELP, revela detalhes de como os pesquisadores utilizaram o Llama em sua versão inicial. O ChatBIT foi configurado para melhorar a interação em diálogos e a resposta a perguntas específicas do ambiente militar.

A Meta, criadora do Llama, possui uma política específica contra o uso de suas tecnologias em setores militares e de espionagem.

Em comunicado, a empresa reafirmou que o exército chinês não tem autorização para utilizar seus modelos, o que torna essa aplicação um desafio às suas diretrizes. Molly Montgomery, representante da Meta, enfatizou que o uso do modelo por entidades militares viola as políticas da companhia.

Lançado em 2023, o Llama é um modelo de linguagem de código aberto que ganhou popularidade na comunidade acadêmica. A Meta disponibilizou duas versões (Llama 1 e Llama 2) para pesquisadores, com a condição de que não sejam utilizadas para fins militares ou de vigilância.

A flexibilidade do modelo, que permite adaptações para diferentes propósitos, como o “fine-tuning”, tem sido um dos fatores que trazem benefícios para seu sucesso e uso crescente.