China pede que os EUA cessem interferência em Taiwan após conversa entre Pelosi e presidente taiwanês

A China reagiu nesta segunda-feira (2) ao diálogo entre Nancy Pelosi, a ex-presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, e o presidente taiwanês Lai Ching-te. Durante a coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, reiterou o pedido para que os EUA encerrem o apoio às forças independentistas de Taiwan. “Pedimos veementemente aos Estados Unidos que deixem de se intrometer em Taiwan e de interferir nos assuntos internos da China”, afirmou.

A ligação comunicativa, descrita como “calorosa e amistosa” pela porta-voz presidencial taiwanesa Karen Kuo, teve duração de 20 minutos. Durante uma conversa, Pelosi e Lai discutiram o que foi chamado de “ameaça da China contra Taiwan”. A China, no entanto, reforça a sua posição histórica de que Taiwan faz parte do seu território e exige que nenhum reconhecimento de soberania seja dado à ilha.

Viagem estratégica no Pacífico

Lai Ching-te iniciou sua viagem diplomática no Havaí, onde se encontrou com o governador local, Josh Green, membros do Congresso americano e outros representantes políticos. Após o Havaí, o presidente taiwanês seguirá para as Ilhas Marshall, Tuvalu e Palau, três dos 12 países que possuem reconhecimento oficial de Taiwan como Estado soberano. Ele também fará uma breve parada em Guam, território americano no Pacífico.

A questão de Taiwan como linha vermelha

O governo chinês reafirmou que Taiwan representa uma questão central e inegociável nas relações entre Pequim e Washington. “A questão de Taiwan está no centro dos principais interesses da China e constitui a primeira linha vermelha que não pode ser ultrapassada nas relações entre a China e os EUA”, destacou Lin Jian.

A movimentação diplomática de Lai ocorre em um momento de crescente crescente entre os dois países, destacando a complexidade das disputas no Pacífico e a importância de Taiwan no cenário internacional.