A relação entre China e EUA deve continuar tensa, afirma Avenue
A relação entre China e EUA deve continuar tensa, afirma Avenue
A relação comercial entre Estados Unidos e China segue tensa, com tarifas elevadas e restrições tecnológicas
A relação comercial entre os Estados Unidos e a China continua a ser um tema de tensão, e a expectativa é de que não haja grandes avanços para resolver a disputa em breve. William Castro, estrategista-chefe da Avenue, comentou no Giro do Mercado desta quinta-feira (12) que, apesar das mudanças políticas, o cenário das tarifas não deve melhorar tão cedo. Castro tem o perfil do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem um histórico de poucas concessões em organismos de comércio internacional.
Durante o governo Biden, a relação com a China não sofreu grandes transformações, especialmente no que diz respeito às tarifas. Para o estrategista, embora Biden tenha tentado adotar uma postura mais diplomática, como políticas de restrição comercial e tarifas elevadas, ajudando a dominar o cenário. Esse ambiente tenso não parece ter previsão de um rompimento imediato, considerando a continuidade de políticas mais rigorosas.
Recentemente, Donald Trump anunciou uma proposta de aumentar as tarifas sobre as importações recebidas da China em seu próximo mandato. Se aprovada, essa tarifa pode chegar a 60%, um aumento específico se comparado aos 7,5% a 25% aplicados em seu primeiro mandato. Essa medida reflete a postura mais agressiva de Trump, que acredita que a China deve pagar um preço mais alto por suas práticas comerciais.
Essa estratégia de tarifas elevadas não é novidade. Durante seu primeiro mandato, Trump implementou políticas restritivas, como a concessão de vendas de tecnologia dos Estados Unidos para a China. Ele justificou essas medidas com base na segurança nacional, algo que foi mantido por Biden, criando um quadro de continuidade na estratégia de contenção comercial.
Uma das consequências diretas dessa política foi a adaptação de empresas americanas, como a Nvidia, que precisaram ajustar suas linhas de produtos devido às restrições impostas. A Nvidia, maior fabricante de chips usados para inteligência artificial no mundo, teve que reorientar sua produção na China, afetando diretamente sua operação e seus negócios no país.
Essa persistência nas políticas tarifárias e comerciais reflete um ambiente econômico global cada vez mais fragmentado, onde disputas econômicas e tecnológicas entre grandes potências não parecem ceder facilmente. Para os próximos anos, é difícil prever uma mudança significativa na postura dos Estados Unidos em relação à China, principalmente com a continuidade das estratégias adotadas nos mandatos anteriores.
Últimas notícias
-
Tecnologia de cor inovadora baseada em penas de pavão pode revestir seu próximo carro
-
Intel investe US$ 300 milhões para expandir operações na China e reforça presença no mercado
-
China revela roteiro para se tornar líder mundial em ciência espacial até 2050
-
Avanços tecnológicos geram produção recorde de petróleo de xisto na China
-
‘Monstro da infraestrutura’: como a China construiu a ferrovia de alta velocidade mais longa do mundo
-
TikTok demite centenas de funcionários globalmente, com foco em moderação de conteúdo por IA