China intensifica estratégia tecnológica: nova lei pode impactar gigantes dos EUA no mercado de chips

A China está pronta para dar mais um passo estratégico na guerra comercial e tecnológica com os Estados Unidos. Além de responder às avaliações impostas por Washington, Pequim estuda uma medida que pode transformar o mercado interno de semicondutores e diminuir significativamente a dependência de gigantes como Intel, AMD e NVIDIA.

Segundo informações do DiTimes Asia, o Ministério das Finanças apresentou um projeto de lei que oferece um incentivo significativo para chips fabricados por empresas locais. A proposta prevê um desconto de 20% nos produtos nacionais, tornando-os mais competitivos em licitações governamentais.

Incentivo à produção local

Com uma nova política, toda compra de computadores e equipamentos realizados pelo governo chinês deverá priorizar empresas locais. Essa mudança ocorre porque as multinacionais dos EUA dificilmente conseguirão competir com o desconto previsto, seja pela inviabilidade financeira ou pela falta de interesse em igualar a oferta.

Essa busca iniciativa fortalecer o setor doméstico, incentivando empresas chinesas a ampliarem produção e inovação. Grandes nomes como Huawei, SMIC e Xiaomi, que já possuem expertise no segmento, podem se beneficiar diretamente da medida.

Requisitos para participação

Para que os produtos sejam considerados nas compras governamentais, deverão atender a critérios específicos. Entre as exigências, está a produção integral em território chinês. Isso significa que os componentes devem passar por processos de transformação dentro do país, excluindo atividades simples como rotulagem ou embalagem.

Com esse filtro, o governo garante que os incentivos realmente impulsionem a cadeia produtiva local, fortalecendo o ecossistema tecnológico.

Impactos para as empresas dos EUA

Embora Intel, AMD e NVIDIA possam continuar vendendo seus produtos para consumidores comuns na China, o fim das compras governamentais representa um golpe significativo. Esses contratos, geralmente volumosos e consistentes, são uma importante fonte de receita e influência no mercado chinês.

Ao canalizar a demanda pública para fornecedores nacionais, a China não apenas reduz sua dependência de empresas estrangeiras, mas também acelera o desenvolvimento de tecnologias locais, consolidando sua posição como poder tecnológico global.

Uma nova era na competição global

Se aprovar, a medida sinaliza um novo capítulo na disputa entre China e Estados Unidos, com implicações que vão além do setor de semicondutores. A iniciativa reforçar a ambição chinesa de se tornar autossuficiente em áreas estratégicas, conduzindo a exposição a pressões e pressões externas.

Para o mercado global, o movimento é mais um lembrete de que a tecnologia segue no centro das duas maiores economias do mundo.