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China acusa EUA de beligerância e alerta: ‘Seu pior inimigo está dentro de casa’

China acusa EUA de beligerância e alerta: ‘Seu pior inimigo está dentro de casa’

A China critica aumento recorde dos gastos militares dos EUA, alertando para riscos à paz global e denunciando corrida armamentista espacial promovida por Washington

Pequim criticou duramente a Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA) dos Estados Unidos, que autorizou um orçamento de defesa de US$ 895 bilhões para o ano fiscal de 2025.

Zhang Xiaogang, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, declarou na quinta -feira que o uso da “ameaça militar da China” como justificativa para o aumento desses gastos é uma interferência grosseira nos assuntos internos do país, além de um risco à paz mundial.

Aumento militar e acusações

A NDAA classifica a China como um dos maiores desafios à segurança nacional americana, evidenciando o crescente atrito entre as duas potências.

Para Zhang, esse ato demonstra a “ansiedade profunda” dos EUA em relação à sua própria força. Ele ressaltou que os Estados Unidos lideraram globalmente os gastos militares há anos, enquanto aumentavam esse orçamento em ritmo acelerado.

“Isso revela a natureza beligerante dos EUA e sua obsessão com hegemonia e expansão”, afirmou. Segundo o porta-voz, muitas guerras e conflitos no mundo atuais são consequências diretas de decisões políticas e militares erradas por parte dos americanos.

Desde 2001, as intervenções dos EUA resultaram em centenas de milhares de mortes, milhões de feridos e quantidades de milhões de deslocados.

Compromisso da China com a paz

Zhang reiterou que a China não busca desafiar outras nações e continua comprometida com o desenvolvimento pacífico. “O mundo é grande o suficiente para que a China e os EUA se desenvolvam individual e coletivamente”, destacou, reforçando a política defensiva do país asiático.

De acordo com o porta-voz, Pequim não está envolvida em corridas armamentistas e defende o diálogo como solução para manter a estabilidade global.

Zhang instou os EUA a abandonarem a “mentalidade da Guerra Fria” e cessarem esforços para conter a China, alertando que tais ações prejudicam não apenas as relações bilaterais, mas também a segurança internacional.

Militares chineses prometem resposta firme

Apesar do tom diplomático, Zhang enfatizou que o exército chinês está preparado para tomar “resolutas” contramedidas contra qualquer provocação ou violação de sua soberania. Segundo ele, as forças armadas da China estão equipadas para proteger os interesses nacionais com métodos confiáveis.

Espaço militar como novo palco de tensão

Outro ponto abordado na coletiva de imprensa foi a inauguração de uma unidade da Força Espacial dos EUA (USSF) no Japão.

Durante a apresentação de ativação, o comandante da unidade declarou que seu objetivo seria aumentar a vigilância e a capacidade de resposta espacial na região, citando o uso militar do espaço pela China e Rússia e as ameaças nucleares da Coreia do Norte.

Para Zhang, essa negociação é mais uma evidência de que os EUA estão promovendo uma corrida armamentista espacial, ameaçando a estabilidade estratégica global. Ele reforçou a posição chinesa de apoio ao uso pacífico do espaço e oposição à militarização desse domínio.

“A expansão militar dos EUA no espaço traz riscos graves. Instamos que parem com provocações e colaboramos para preservar a paz e a segurança rigorosas no espaço”, finalizou Zhang.

Com essas declarações, a China reafirma sua oposição às medidas americanas e reforça seu discurso de defesa da importação, mesmo em meio a crescentes crescentes.