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China aplica duras sansões contra 7 empresas dos Estados Unidos por venda de armas a Taiwan

China aplica duras sansões contra 7 empresas dos Estados Unidos por venda de armas a Taiwan

A China sanciona 7 empresas americanas e executivas por apoio militar a Taiwan, aumentando a tensão com os EUA

O governo da China anunciou nesta sexta-feira (27) sansões contra sete empresas militares e industriais dos Estados Unidos, além de seus principais executivos.

A medida é uma resposta às recentes vendas de armas e assistência militar dos EUA para Taiwan, intensificando a tensão entre as duas maiores potências do mundo.

Ação e justificativa

Em comunicado, Pequim afirmou que as sansões entram em vigor imediatamente. Segundo o regime chinês, as ações americanas representam uma “grave interferência nos assuntos internos da China” e ameaçam “seriamente a soberania e integridade territorial” do país.

As empresas afetadas incluem Insitu, Hudson Technologies, Saronic Technologies, Aerkomm, Oceaneering International, além das integrantes Raytheon Australia e Raytheon Canada.

Todos têm seus bens bloqueados na China, e cidadãos e organizações chinesas estão proibidos de cooperar com eles.

Além disso, os executivos dessas companhias enfrentarão restrições severas, como o congelamento de bens na China e a proibição de entrada no país.

Repercussões legais e históricas

O anúncio do Ministério das Relações Exteriores da China destacou que a Lei de Autorização de Defesa Nacional dos EUA para o ano fiscal de 2025 contém “cláusulas negativas relacionadas à China”.

Para Pequim, isso viola o princípio de “uma só China” e compromete os três Conjuntos Comunicados China-EUA, documentos históricos que moldaram as relações entre as nações.

Nos últimos meses, as avaliações chinesas vêm se intensificando. Apenas neste mês, Pequim penalizou 13 empresas americanas pelo mesmo motivo. Em outubro, outras três também foram atingidas.

Conflito crescente

Uma nova medida foi anunciada após declarações firmes da China na quinta-feira (26). Pequim prometeu “esmagar qualquer tentativa separatista” após o envio de tanques M1A2T dos EUA para Taiwan.

O histórico da tensão entre China e Taiwan é longo. Desde o fim da guerra civil chinesa em 1949, Taiwan é governada de forma autônoma. Porém, Pequim considera a ilha uma província rebelde e não descarta o uso da força para sua “reunificação”.

Os Estados Unidos, principais fornecedores de armas para Taiwan, reforçam a sua aliança com a ilha. Essa relação é um dos maiores pontos de atrito com a China, alimentando a incerteza sobre o futuro da região.