A China critica a inclusão de Tencent e CATL na lista dos EUA por vínculos militares, alertando para impacto financeiro e possíveis retaliações

A China reagiu com indignação, nesta terça-feira (7), à inclusão das gigantes Tencent e CATL na lista de empresas eventualmente vinculadas ao Exército Chinês, divulgada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

A medida, embora sem implicações legais diretas, ameaça prejudicar a recompensa global dessas companhias.

Denúncia de “repressão injustificada”

Durante a coletiva de imprensa, Guo Jiakun, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou que o país “se opõe firmemente à repressão jurídica injustificada de empresas chinesas”.

Ele criticou a decisão americana como uma tentativa de frear o desenvolvimento tecnológico da China e alertou sobre possíveis retaliações. “A China tomará as medidas para proteger os direitos de suas empresas”, declarou Guo, pedindo que os EUA revejam suas práticas.

Impacto nas gigantes chinesas

A Tencent, reconhecida como uma das maiores desenvolvedoras de videogames do mundo e operadora do popular aplicativo WeChat, classificou sua inclusão na lista como “claramente um erro”.

A CATL, principal fornecedora de baterias para veículos elétricos no mundo, também negou qualquer envolvimento militar e atualmente a medida infundada.

Ambas as empresas enfrentaram repercussões imediatas no mercado financeiro. As ações da Tencent caíram mais de 7% na Bolsa de Hong Kong, enquanto a CATL registrou uma queda de 5,2% em Shenzhen, com impacto direto no desempenho de ambas durante todo o dia.

Contexto técnico e histórico

A lista do Pentágono foi criada por uma lei de 2021, que intensificou os encargos comerciais entre os dois países. Apesar de não ser importante fazer avaliações, sua divulgação frequentemente afeta a adição e a estabilidade financeira das empresas envolvidas.

No caso de Tencent e CATL, o impacto reforça a crescente rivalidade tecnológica entre China e Estados Unidos.