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China redefine os limites da energia solar ao atingir eficiência recorde de 25,44%

China redefine os limites da energia solar ao atingir eficiência recorde de 25,44%

Trina Solar atinge 25,44% de eficiência em módulos HJT, marcando um novo recorde mundial na tecnologia solar

A corrida pelos avanços na tecnologia da energia solar ganhou um novo capítulo com o registro estabelecido pela fabricante chinesa Trina Solar. Em testes de laboratório, os módulos de heterojunção completamente passivada (HJT) tipo em grande superfície atingiram uma eficiência de 25,44%.

O feito foi confirmado pelo renomado instituto Fraunhofer CalLab, na Alemanha, e representa um marco na eficiência de conversão fotoelétrica em módulos de células solares de silício monocristalino. A conquista reforça a liderança tecnológica da Trina no mercado de energia renovável.

Avanço tecnológico reforçado por dados

Este não é o primeiro registro da empresa. Em um anúncio anterior, a Trina revelou que sua célula solar TOPAS tipo n baseada em HJT alcançou 27,08% de eficiência — um marco para células de contato frontal e traseiro.

Embora impressionante, esses números não chegam isolados. Em dezembro, a sul-coreana Qcells apresentou sua célula solar tandem com uma eficiência de 28,6%, demonstrando a intensidade da corrida global por inovações solares.

O papel da eficiência na energia solar

A eficiência em módulos solares refere-se à capacidade de conversão de luz solar em eletricidade. Esse índice é crucial para as opções econômicas e práticas das instalações de energia renovável.

Uma eficiência maior implica menor espaço necessário para geração de energia, redução de custos de instalação e materiais, e maior acessibilidade. Como resultado, as soluções solares tornam-se mais atrativas tanto para projetos comerciais quanto residenciais.

A tecnologia de passivação desempenha papel essencial nesse avanço. Ela corrige falhas nas células solares por meio de revestimentos na superfície, aumentando o desempenho.

“No longo prazo, tudo gira em torno da eficiência”, destacou o professor Martin Green, da Universidade de Nova Gales do Sul, ao South China Morning Post. Ele ressaltou que as mesmas tecnologias inicialmente caras tornam-se acessíveis com a escalabilidade e adoção pelo mercado.

Corrida global por novas tecnologias

O mercado global de energia renovável está acelerando a busca por soluções mais eficientes. Entre as tecnologias em destaque estão as células de contato passivadas por óxido de túnel (TopCON) e as células de heterojunção (HJT).

Apesar de sua eficiência superior, a adição do HJT ainda é limitada. Segundo a consultoria InfoLink, essa tecnologia representará apenas 7% da capacidade de células solares de alta eficiência em 2024, subindo gradualmente para 9% em 2026.

Enquanto isso, a tecnologia TopCON deve liderar o mercado nos próximos anos, graças ao seu potencial de redução de custos e maiores emoções.

A Technology.org destaca que o HJT é especialmente atraente para projetos de larga escala em condições climáticas extremas devido ao seu coeficiente de temperatura mais baixo e maior bifacialidade. Esses fatores tornam a tecnologia promissora para projetos de energia solar em regiões adversárias.

Impacto econômico e sustentabilidade

As implicações econômicas dos avanços tecnológicos são significativas. Células solares mais eficientes aumentam o retorno sobre o investimento ao reduzir o custo nivelado da eletricidade (LCOE).

Além disso, a menor necessidade de espaço físico para instalações solares contribui para a escalabilidade de projetos em áreas urbanas e rurais.

Governos e empresas desempenham papel central nesse cenário. Subsídios e metas de sustentabilidade impulsionam a demanda por tecnologias avançadas, consolidando a energia solar como uma alternativa viável e ecologicamente correta.

Especialistas apontam que, com o aumento contínuo da eficiência e a redução de custos, o mercado solar está preparado para um crescimento ainda mais expressivo nos próximos anos.

A inovação constante e a competitividade entre fabricantes como Trina e Qcells indicam que os registros atuais são apenas o início de uma nova era na energia renovável.