Em um movimento significativo para fortalecer a cooperação de defesa entre os dois países, China e Paquistão anunciaram o início de exercícios conjuntos de contraterrorismo, que ocorrerão entre o final de novembro e meados de dezembro deste ano. Esses exercícios, chamados Warrior-8, marcam o retorno das atividades de treinamento conjunto após cinco anos de pausa, sendo a última realizada em 2019.

O anúncio foi feito pela Agência de Defesa da China, que informou que tropas do Comando de Teatro Ocidental do Exército de Libertação Popular da China (PLA) estarão envolvidas nas operações. O objetivo principal das atividades será melhorar a cooperação prática entre as forças armadas de ambos os países, além de realizar operações simuladas de combate ao terrorismo. Segundo a nota oficial, as tropas participarão de treinamentos multivariados e integrados, com cenários reais sendo simulados por meio de planejamento conjunto e exercícios ao vivo.

Os exercícios se tornam ainda mais relevantes devido aos recentes ataques a alvos e cidadãos chineses no Paquistão. Um dos incidentes mais graves foi um atentado suicida ocorrido em outubro, perto do Aeroporto Internacional de Jinnah, na cidade de Karachi, que resultou na morte de dois cidadãos chineses. Esses eventos aumentaram as tensões e a necessidade de reforçar as medidas de segurança e contra-terrorismo na região.

Com a crescente preocupação com a segurança de seus cidadãos no Paquistão, a China tem se mostrado disposta a intensificar sua colaboração com os militares paquistaneses, buscando uma resposta mais coordenada e eficiente frente a ameaças terroristas. O exercício Warrior-8 é visto como um passo importante para consolidar essa parceria.