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China encontra ‘depósito’ de cobre com mais de 20 milhões de toneladas no Tibete

China encontra ‘depósito’ de cobre com mais de 20 milhões de toneladas no Tibete

China descobre 20 milhões de toneladas de cobre no Tibete, destacando a região como um futuro polo estratégico de mineração global

As autoridades da China anunciaram nesta segunda-feira a descoberta de 20 milhões de toneladas de cobre no planalto tibetano, região conhecida como o “teto do mundo”.

A revolução coloca o território como centro estratégico potencial para a produção do metal, essencial para a energia verde e outras tecnologias modernas.

Quatro grandes bases de minério

O Ministério dos Recursos Naturais da China e o Gabinete Geológico identificaram quatro grandes bases de recursos de cobre na região: Yulong, Duolong, Julong-Jiama e Xiongcun-Zhuno.

De acordo com dados divulgados pela televisão estatal CCTV, os especialistas estimam que as reservas totais possam atingir até 150 milhões de toneladas, colocando o planalto em destaque no cenário global de mineração.

Importância estratégica do cobre

Tang Juxing, integrante da Academia Chinesa de Engenharia, destacou o papel essencial do cobre para tecnologias de energia limpa, como energia solar, eólica, além da fabricação de veículos elétricos.

“O crescimento dessas reservas reforça a cadeia de abastecimento e assegura a sustentabilidade do setor no país”, afirmou. A China, maior consumidora mundial do metal, busca ampliar sua independência em relação às atuais, fortalecendo a produção interna.

Esforços e limitações

O governo anunciou a ampliação dos esforços de exploração com o uso de tecnologias avançadas, mas o desenvolvimento da mineração no planalto enfrenta desafios ambientais. Em 2023, uma nova lei foi aprovada para proteger o ecossistema da região, limitando atividades de remoção em áreas sensíveis.

O planalto Qinghai-Tibete, 30 vezes maior que Portugal, é considerado o maior do mundo. A região desempenha um papel vital na economia e no abastecimento hídrico do continente asiático.

A água congelada do planalto alimenta rios importantes como o Yangtze e o Mekong, impactando a vida de centenas de milhões de pessoas.

Contexto histórico e econômico

Historicamente, a China tem utilizado o planalto tibetano como base para exploração mineral e produção de energia. Agora, com a crescente demanda por metais estratégicos, a região deve atrair novos investimentos.

Ao mesmo tempo, cresce o debate sobre como equilibrar as necessidades econômicas e ambientais, diante de um ecossistema único e frágil.

A descoberta consolida o Tibete como peça chave na estratégia energética da China, marcando um novo capítulo para o país no cenário da mineração mundial.