China apela aos EUA para levantar sanções econômicas
China apela aos EUA para levantar sanções econômicas
A manutenção de relações comerciais estáveis entre China e Estados Unidos é fundamental para garantir a segurança e estabilidade das cadeias globais de suprimentos, de acordo com analistas de mercado e executivos empresariais.
Esse relacionamento promove um ambiente político favorável à colaboração entre empresas de ambos os países.
Na terça-feira, o Ministério do Comércio da China pediu aos EUA que levantem rapidamente as sanções contra empresas chinesas e melhorem o ambiente de negócios para as companhias que operam nos Estados Unidos.
Durante uma ligação com a Secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, o Ministro do Comércio da China, Wang Wentao, expressou preocupações sobre as políticas dos EUA voltadas para semicondutores e restrições sobre veículos inteligentes conectados chineses.
Limites de segurança nacional
Wang ressaltou que é essencial definir claramente as fronteiras da segurança nacional no campo econômico e comercial, pois isso contribui para a segurança das cadeias industriais globais e cria um ambiente político favorável para a cooperação empresarial entre os dois países.
Pesquisadores apontam que indústrias globais importantes, como eletrônicos, automotiva e farmacêutica, dependem de componentes e materiais provenientes tanto dos Estados Unidos quanto da China.
Assim, uma relação estável pode minimizar interrupções e evitar atrasos na produção e escassez de suprimentos.
Impactos das tensões comerciais
Zhang Yongjun, pesquisador do Centro Chinês para Intercâmbios Econômicos Internacionais, em Pequim, destacou que as relações econômicas e comerciais entre China e EUA devem ser vistas com cautela, especialmente considerando o cenário eleitoral nos EUA.
Apesar dos desafios de curto prazo, ele acredita que a cooperação mútua a longo prazo permanecerá inabalável, já que a China é um mercado indispensável para as empresas americanas.
Muitos especialistas acreditam que, se as tensões comerciais aumentarem, as empresas americanas podem pressionar o governo dos EUA a adotar uma política econômica e comercial mais equilibrada.
A influência das necessidades comerciais pode desempenhar um papel significativo nas ações governamentais.
China como centro de inovação
O Índice de Confiança de Investimento Estrangeiro Direto (FDI) da Kearney em 2024 destacou que a China subiu da sétima para a terceira posição no ranking global, refletindo a crescente confiança dos investidores.
Inicialmente vista como um fornecedor, a China agora é considerada um importante centro de inovação para muitas multinacionais.
Executivos como Andrew Wu, gerente-geral da Dun & Bradstreet na China, e Willie Tan, CEO da Skechers China, enfatizam a importância do país nas estratégias globais. Apesar dos desafios externos, a China continua sendo um mercado vital devido à sua vasta base de consumidores e papel estratégico nas cadeias globais de suprimentos.
Oportunidades de expansão comercial
Com mais de 3.500 lojas na China, a Skechers planeja expandir ainda mais suas operações nos próximos anos, aproveitando as oportunidades oferecidas pelo mercado chinês.
O CEO da Câmara de Comércio de Nova York, Mark Jaffe, também observou que ninguém deseja interromper a cooperação entre os dois países, já que parcerias de longo prazo já foram estabelecidas em áreas como inteligência artificial e farmacêutica.
As estatísticas do governo chinês mostram que, nos primeiros oito meses de 2024, os EUA permaneceram como o terceiro maior parceiro comercial da China, com o valor total das transações entre os dois países alcançando 3,15 trilhões de yuans (446,21 bilhões de dólares), representando um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior.
Diante da crescente competição global, especialistas e executivos enfatizam que expandir e aprofundar as relações comerciais entre China e EUA será crucial para a economia mundial.
A cooperação entre as duas maiores economias do mundo não só beneficiará as cadeias de suprimentos globais, mas também fortalecerá a inovação e o crescimento econômico em ambas as nações.
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