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Chancay: O Megaporto que Promete Transformar o Comércio Sul-Americano e Redefinir o Papel do Peru

Chancay: O Megaporto que Promete Transformar o Comércio Sul-Americano e Redefinir o Papel do Peru

A inauguração da primeira fase do megaporto Chancay, prevista para o próximo mês, promete ser um marco significativo para o comércio sul-americano, com operações completas planejadas para 2025.

Este porto de águas profundas na costa oeste da América do Sul, com capacidade para receber os maiores navios do mundo, deve reduzir em até 12 dias o tempo de transporte entre o Peru e a China e 20 dias para o oeste do Brasil, além de se tornar um centro comercial regional.

Essa eficiência logística pode transformar o Peru em um hub estratégico para o comércio internacional.

Para a presidente Dina Boluarte, essa inauguração pode proporcionar um impulso temporário em sua popularidade, considerando o impacto econômico que o megaporto pode gerar.

O Chancay também tem potencial para diversificar as receitas do Peru, que atualmente dependem principalmente de exportações de cobre e ouro. A longo prazo, as exportações de lítio, que devem começar em 2027, poderão ter um efeito ainda maior na economia peruana.

Contudo, o porto está sob controle do consórcio chinês COSCO, elevando a dependência do Peru da China, seu principal cliente de cobre.

O projeto também faz parte da Iniciativa Cinturão e Rota, gerando preocupações nos EUA sobre a crescente influência da China na América do Sul e o risco de o porto servir como um ponto de apoio militar chinês, caso aumentem as tensões militares na Ásia.

Além disso, o projeto enfrenta preocupações ambientais, especialmente se levar à construção de infraestrutura na Amazônia, o que pode aumentar as tensões internas e internacionais. Apesar disso, o Peru mantém uma estabilidade política de curto prazo, apoiada por uma dívida externa relativamente baixa e uma forte reserva cambial.