Incidente raro de “fogo amigo” no Mar Vermelho: caça F/A-18 dos EUA abatido por engano. Entenda os desafios enfrentados pelas forças americanas contra os houthis no Iêmen

Um raro incidente de “fogo amigo” envolvendo uma caça F/A-18 dos EUA no Mar Vermelho chama atenção para os desafios enfrentados pelas forças militares americanas na região.

O episódio, ocorrido quando uma aeronave foi abatida por engano, destaca a complexidade das operações contra os houthis no Iêmen e os riscos enfrentados pelas forças aliadas em um território marcado por intensa atividade militar.

O incidente e a resposta militar

O Comando Central dos EUA informou que a caça F/A-18, que havia decolado dos porta-aviões USS Harry S. Truman, foi atingida pelo cruzador de mísseis guiados USS Gettysburg.

O tiro foi um erro de identificação, ocorrido pouco depois da descolagem, enquanto a caça estava em operação contra o território iemenita. Os dois pilotos do avião foram transportados e foram resgatados sem maiores danos, embora tenham sofrido ferimentos leves.

A situação ilustra os desafios do combate no Mar Vermelho, onde as forças americanas enfrentam uma combinação de ataques diretos e uma constante ameaça de confusão entre alvos inimigos e próprios.

O contexto da Guerra no Iêmen e os Houthis

A situação no Mar Vermelho tem sido marcada pela crescente agressividade dos houthis, uma milícia armada que controla parte do Iêmen.

Os houthis, aliados do Irã e do Hamas, intensificaram seus ataques contra embarcações comerciais e militares desde o início do conflito na Faixa de Gaza. De acordo com o grupo, a ofensiva não cessará até o fim do conflito em Gaza.

Mais de 100 navios já foram atacados, com dois afundados e um sequestrado, desde outubro de 2023. As forças dos EUA, juntamente com aliados internacionais, estabeleceram uma força naval na região para tentar conter essa ameaça.

A intensidade dos conflitos no Mar Vermelho

A tensão crescente no Mar Vermelho é uma das mais desafiadoras para a Marinha dos EUA em décadas, sendo comparada com os combates mais intensos enfrentados desde a Segunda Guerra Mundial.

A rápida tomada de decisões por parte dos operadores de sistemas de defesa é crucial, já que a região tem sido frequente de ataques de mísseis e drones lançados pelos houthis. Além disso, o governo israelense também contribuiu com bombardeios no solo iemenita, dada a estreita relação entre os houthis e o Irã.