Hospital em Gaza fechado sob bombardeios: 400 pacientes, incluindo bebês, em risco de morte
Hospital em Gaza fechado sob bombardeios: 400 pacientes, incluindo bebês, em risco de morte
Hospital em Gaza enfrenta bombardeios intensos, colocando 400 pacientes em risco, incluindo recém-nascidos dependentes de oxigênio
Na noite de domingo (22), autoridades israelenses determinaram o fechamento do Hospital Kamal Adwan, um dos últimos ainda em funcionamento no norte de Gaza.
A decisão coloca centenas de pacientes e funcionários em situação de extrema vulnerabilidade, enquanto profissionais de saúde enfrentam dificuldades para viabilizar a transferência em meio aos bombardeios.
Transferido arriscado e falta de recursos
Husam Abu Safiya, chefe do Hospital Kamal Adwan, descreveu o cenário como “quase impossível” para a retirada dos pacientes.
Segundo ele, não há ambulâncias suficientes para transportar cerca de 400 civis presentes na unidade, incluindo recém-nascidos em incubadoras que precisam de oxigênio para sobreviver.
“Não temos como retirar esses pacientes de forma segura sem ajuda, equipamentos adequados e tempo. Estamos sob fortes bombardeios, e os tanques de combustível aqui, se atingidos, podem causar uma explosão catastrófica”, afirmou Safiya à Reuters.
Na sexta-feira (20), as forças israelenses declararam ter enviado combustível e comida ao hospital, além de auxiliar na transferência de mais de 100 pacientes com apoio da Cruz Vermelha.
Apesar disso, a situação permanece crítica, com profissionais de saúde relacionados a condições precárias e ataques constantes aos locais da instalação.
Ataques e crises nos hospitais
O Ministério da Saúde de Gaza alertou que os três principais hospitais do norte, incluindo o Kamal Adwan, estão praticamente inoperantes após repetidos ataques desde outubro, quando as forças israelenses intensificaram as operações em Beit Lahiya, Beit Hanoun e Jabalia.
Pacientes transferidos do Kamal Adwan estão sendo levados para um hospital que, segundo Safiya, já enfrentou superlotação severa, com corredores lotados de macas. A pressão sobre os serviços de saúde em Gaza atingiu níveis insustentáveis.
Contexto do conflito
Israel justifica suas ações como parte de uma operação contra o Hamas, alegando a necessidade de neutralizar ameaças. Os palestinos, porém, acusam Tel Aviv de tentar despovoar a região para criar uma área natural.
Desde o início dos ataques, mais de 45.200 palestinos morreram, de acordo com as autoridades locais, e os feridos já somam 107 mil.
Ataques a campos de refugiados
Enquanto a crise hospitalar se agravava, a manhã desta segunda-feira foi marcada por novos ataques israelenses no campo de refugiados de al-Nuseirat, no centro de Gaza.
Relatos indicam ao menos quatro mortes. Segundo a Al Jazeera, as forças israelenses cercaram uma área com quadricópteros e veículos armados, disparando intermitentemente.
“Uma pessoa morreu no local, e a maioria das vítimas são mulheres e crianças”, relatou a publicação. A população do campo de refugiados é majoritariamente composta por civis deslocados, que também representam a maior parte dos atendimentos nos hospitais sobrecarregados de Gaza.
A pressão internacional aumenta à medida que a crise humanitária na região se agrava, mas, até o momento, não há sinais de uma trégua que alivie a situação da população.
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