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Os cinco bilionários que mais perderam fortunas em 2024; líder da lista supera US$ 31,8 bilhões em prejuízos

Os cinco bilionários que mais perderam fortunas em 2024; líder da lista supera US$ 31,8 bilhões em prejuízos

Descubra como os maiores bilionários do mundo perderam bilhões em 2024 devido à volatilidade dos mercados globais e aos desafios econômicos

As negociações dos mercados financeiros em 2024 provocaram uma das maiores retrações nas fortunas dos principais bilionários do mundo.

Influenciados pela queda no valor das ações e pela desaceleração econômica em mercados-chave, como China e América Latina, grandes nomes do setor de luxo e tecnologia viram suas riquezas evaporarem.

De acordo com o índice bilionário da Bloomberg, nenhum dos afetados perdeu menos de US$ 12 bilhões neste ano. Entre os mais impactados estão Bernard Arnault, Françoise Bettencourt Meyers e Carlos Slim. A seguir, detalhamos as perdas dos bilionários mais atingidos.

1. Bernardo Arnault

Quem: CEO do grupo LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy)
Perda de: US$ 31,8 bilhões

Considerado o maior nome do mercado de luxo, Bernard Arnault viu sua fortuna encolher devido à queda de dois dígitos nas ações do grupo LVMH. A desaceleração no consumo de bens de luxo, especialmente na China, foi determinante.

O mercado asiático, crucial para a receita do conglomerado, enfrenta uma retração econômica significativa.

“Talvez a atual situação global, seja ela geopolítica ou macroeconômica, não leve as pessoas a se animarem e abrirem garrafas de champanhe”, comentou Jean-Jacques Guiony, CFO da LVMH, durante uma teleconferência de resultados.

Mesmo diante da crise, o grupo segue como líder no setor de luxo, controlando marcas como Louis Vuitton, Dior e Moët & Chandon.

2. Françoise Bettencourt Meyers

Quem: Herdeira e maior acionista da L’Oréal
Perda de: US$ 25,4 bilhões

Com quase 35% das ações da gigante de cosméticos, Françoise Bettencourt Meyers viu sua fortuna despencar para cerca de US$ 74 bilhões.

As ações da L’Oréal sofreram uma desvalorização de 25%, impulsionada pela queda da demanda no mercado chinês, um dos principais motores de crescimento da empresa.

Além de liderar a L’Oréal como vice-presidente do conselho, Meyers intensificou investimentos em setores como moda e tecnologia por meio da Téthys Invest, braço financeiro de sua família.

Apesar da retração no mercado global de cosméticos, a herdeira manteve uma postura estratégica, aumentando o volume de investimentos realizados em 2024.

3. Carlos Slim

Quem: Controlador da América Móvel
Perda de: US$ 23,9 bilhões

Carlos Slim, o magnata mexicano e homem mais rico da América Latina, sofreu grandes perdas devido às dificuldades enfrentadas no setor de telecomunicações. As ações da América Móvil, que operam em 25 países, tiveram queda de 20% em 2024, agravada pela desvalorização da moeda mexicana.

No Brasil, Slim é conhecido pelo controle da Claro, Net e Embratel. A desaceleração econômica na América Latina e a alta concorrência global pressionaram os lucros do grupo, refletindo diretamente na fortuna do magnata.

4. Colin Huang

Quem: Fundador da Pinduoduo
Perda de: US$ 16,4 bilhões

O fundador da Pinduoduo, Colin Huang, desafiou desafios no mercado chinês de tecnologia. O setor, marcado por um aumento na regulamentação governamental e pela concorrência acirrada, prejudica a lucratividade da empresa.

A Pinduoduo se destaca por seu modelo de e-commerce que mistura compras em grupo e interações sociais, atraindo milhões de usuários na China. Contudo, mesmo sendo líder em volume de usuários, a desaceleração do setor afetou a empresa.

Em 2023, a Pinduoduo havia superado o Alibaba em valor de mercado, mas Huang agora enfrentava um cenário mais desafiador.

5. François Pinault

Quem: Fundador do grupo Kering
Perda de: US$ 13,9 bilhões

François Pinault, conhecido pelas marcas de luxo Gucci, Saint Laurent e Balenciaga, viu sua fortuna despencar em 2024. A queda de 16% nas receitas do grupo Kering entre julho e setembro foi um dos principais fatores. A marca Gucci, em especial, sofreu uma retração de 25% nas vendas, afetada pela quebra de demanda na Ásia.

Pela primeira vez em 12 anos, Pinault ficou fora da lista dos cem mais ricos do mundo. Seu conglomerado enfrentou dificuldades semelhantes às de Bernard Arnault, mas com menor resiliência no mercado global de luxo.

Perspectivas para 2024

Os números evidenciam a vulnerabilidade das grandes fortunas diante da volatilidade econômica global. Enquanto alguns bilionários tentam diversificar suas carteiras e estratégias, outros enfrentam desafios que colocam em xeque sua posição no topo do mercado.

A próxima atualização do índice Bloomberg será decisiva para determinar quem conseguirá recuperar parte das perdas e quem seguirá com retrações ainda mais profundas.