Na quinta-feira, o Banco Central da China (PBOC) anunciou oficialmente o lançamento de uma nova ferramenta de swap com um valor inicial de 500 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 70,7 bilhões). Essa medida tem como objetivo “promover o desenvolvimento saudável dos mercados de capitais” e melhorar a liquidez no mercado financeiro do país.

Banco Central da China

De acordo com o comunicado do PBOC, a ferramenta permitirá que empresas qualificadas de valores mobiliários, fundos mútuos e seguradoras troquem títulos do governo ou notas do banco central por suas participações em títulos corporativos, ações ou fundos negociados em bolsa (ETFs) como garantia. O swap possibilita que os investidores institucionais troquem ativos com menor liquidez por ativos mais líquidos, que só poderão ser utilizados para investir no mercado de ações chinês.

Essa nova iniciativa foi inicialmente revelada pelo governador do PBOC, Pan Gongsheng, duas semanas atrás, como parte de um conjunto de medidas de afrouxamento monetário para estimular a economia chinesa, a segunda maior do mundo.

Acredita-se amplamente que essa ferramenta aumentará a liquidez e impulsionará as transações no mercado de ações da China, que tem enfrentado volatilidade nas últimas semanas devido à especulação sobre um possível pacote de estímulo governamental. Com a aceitação imediata de inscrições para o uso da ferramenta, o PBOC também indicou que o tamanho do swap pode ser expandido conforme necessário, dependendo da demanda e das condições do mercado.

Essa nova ferramenta de swap é uma tentativa do governo chinês de reforçar o mercado de capitais e aliviar a pressão econômica atual, ao mesmo tempo em que melhora a capacidade dos investidores de movimentar seus ativos em mercados mais líquidos. A iniciativa pode ajudar a estabilizar os mercados financeiros do país, fornecendo um impulso necessário à liquidez e à confiança dos investidores.