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A Corrida pelo Horário Lunar: EUA e China Competem para Estabelecer um Padrão de Tempo na Lua

A Corrida pelo Horário Lunar: EUA e China Competem para Estabelecer um Padrão de Tempo na Lua

Na corrida espacial do século XXI, um novo campo de disputa está surgindo: o horário lunar. Estados Unidos e China, as duas maiores potências mundiais, estão em uma competição acirrada para decidir que horas são na Lua. O país que conseguir estabelecer um padrão de tempo lunar deixará sua marca na história da exploração espacial e definirá novos padrões para futuras missões.

Os Estados Unidos, juntamente com seus parceiros espaciais, estão trabalhando para estabelecer um fuso horário especial para a Lua, batizado de Coordinated Lunar Time (LTC). Por outro lado, a China, juntamente com a Rússia, segue um caminho separado, fora da iniciativa liderada pelos EUA, e está desenvolvendo seu próprio sistema de tempo e navegação lunar. Essa dualidade de esforços ilustra o desejo de ambas as nações de liderar e influenciar a próxima era da exploração espacial.

Impulsionada por uma diretiva da Casa Branca, a Nasa está na linha de frente desse projeto de criação do novo padrão de tempo lunar. O LTC, conforme proposto, será adotado pelos signatários dos Artemis Accords, tratados que visam estabelecer diretrizes e padrões para a exploração espacial sustentável. Em um memorando emitido pelo Escritório de Política de Ciência e Tecnologia da Casa Branca, em abril, foi destacado que o LTC tem como objetivo se tornar “o padrão internacional” para a Lua. A diretiva da Casa Branca foi motivada pela previsão de um aumento nas atividades lunares, com missões tripuladas e não tripuladas planejadas para os próximos anos.

Para os EUA, estabelecer um padrão de tempo na Lua é mais do que uma questão técnica; é uma estratégia de liderança global. O conhecimento e controle do tempo em regimes operacionais distantes são considerados essenciais para a descoberta científica, o desenvolvimento econômico e a colaboração internacional. Namrata Goswami, pesquisadora de políticas espaciais na Universidade Estadual do Arizona, ressalta que a criação de um fuso horário lunar comum permitirá uma coordenação mais eficiente entre os países signatários dos Artemis Accords, um movimento que pode fortalecer ainda mais a posição dos Estados Unidos na liderança da exploração espacial.